ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

20/Mar/2023

Dólar sobe com temor sobre crise bancária global

O dólar avançou frente ao Real na sexta-feira (17/03), com investidores continuando a buscar segurança em meio a temores sobre uma crise bancária global, enquanto seguiam na expectativa pelo novo arcabouço fiscal do Brasil. A moeda norte-americana fechou em alta de 0,63%, a R$ 5,27. No acumulado da semana passada, o dólar avançou 1,22%. Segundo a StoneX, a alta refletiu em parte uma “ressaca” do movimento visto na quinta-feira (16/03), quando o dólar fechou a R$ 5,23, forte baixa de 1,05%. Também pode-se citar a manutenção da cautela com o setor bancário dos Estados Unidos, o vencimento de opções na B3 e dados de desemprego domésticos acima do esperado como fatores que contribuíram para a volatilidade do mercado de câmbio na sessão de sexta-feira (17/03).

Em uma crise que começou com o colapso do Silicon Valley Bank, com sede nos Estados Unidos, no dia 10 de março, os investidores perderam a confiança nos bancos regionais norte-americanos e no Credit Suisse, da Europa, mesmo após a intervenção de autoridades para sustentar o moral dos mercados. Para o Citi, neste estágio, não está totalmente claro se as ações das autoridades foram suficientes para conter as preocupações bancárias. Com a volatilidade ainda muito alta, persiste a cautela. O índice do dólar contra uma cesta de pares fortes caía 0,5%, mas o movimento estava ligado principalmente ao tombo dos rendimentos dos Treasuries (títulos do governo dos Estados Unidos) em meio ao estresse no setor bancário norte-americano, e não a uma melhora no apetite por risco internacional.

Segundo a B&T Câmbio, a volatilidade deve persistir até a ‘Super Quarta’ desta semana, quando os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos anunciarão suas decisões sobre juros. A maioria dos participantes do mercado precifica uma alta de taxa de 0,25% pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) no dia 22 de março, mas uma minoria relevante (37%) não espera qualquer alteração nos juros norte-americanos no encontro de política monetária. No Brasil, a expectativa é de manutenção da Selic em 13,75%.

Enquanto isso, os investidores seguem na expectativa pela divulgação do novo arcabouço fiscal do Brasil, depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na sexta-feira (17/03) com ministros da área econômica para discutir a proposta para as contas públicas. Lula recebeu a proposta preparada pela equipe econômica na quarta-feira (15/03), e afirmou que queria ter o projeto definido antes da viagem para a China neste mês. Para o Banco Inter, o novo conjunto de regras fiscais, incluindo controle do crescimento de gastos e objetivando a redução gradual do déficit, trará maior previsibilidade e redução da incerteza. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.