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20/Mar/2023

Brasil atraindo os investimentos da União Europeia

De acordo com dados que fazem parte do "Mapa Bilateral de Investimentos" publicado na sexta-feira (17/03), pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o estoque de investimentos dos países da União Europeia no Brasil em 2020 totalizou 263 bilhões de euros. Na prática, o País é o maior destino de Investimento Estrangeiro Direto (IED) na América Latina, totalizando 41,5% do estoque localizado na região e 3,1% do estoque total. O Brasil é o sexto maior destino de investimentos da União Europeia, atrás apenas dos Estados Unidos, Reino Unido, Suíça, Canadá e Rússia. O País foi, entre 2014 e 2020, o principal destino de fluxos externos de investimentos entre os emergentes. Somados os fluxos de investimentos e de desinvestimentos ao longo do período, o Brasil teve um saldo líquido positivo de 124,5 bilhões de euros, contra 60,5 bilhões de euros para a China, 53,7 bilhões de euros para o México e 35,7 bilhões de euros para a Índia.

Dentro do bloco dos emergentes, o Brasil foi o segundo destino mais rentável para os investimentos das empresas europeias, com retorno de 14,3 bilhões de euros, apenas atrás da China, cujo retorno foi de 16,6 bilhões de euros em 2020. A Índia tem uma economia maior que a do Brasil, mas auferiu lucros substancialmente menores. Entre todos os destinos de investimento fora da União Europeia, o Brasil foi responsável pelo sexto maior valor de renda líquida auferida pelos investidores europeus, ficando atrás apenas de Reino Unido, Estados Unidos, Suíça, China e Singapura. Os europeus também investiram 20,1 bilhões de euros em projetos greenfield no Brasil entre 2016 e 2020. Nesse quesito, o Brasil foi o sexto maior destinatário de investimentos da União Europeia e o segundo destino latino-americano, atrás do México, que recebeu 28,8 bilhões de euros. Chama a atenção o fato de que, caso apenas o ano de 2020 seja considerado, o Brasil salta para a quarta posição entre os principais destinos dos anúncios de investimentos da União Europeia naquele ano, ultrapassando Índia e México.

Isso é relevante pois 2020 foi o primeiro ano da pandemia, o que levou a uma contração de 42% dos fluxos internacionais de investimento estrangeiro direto, conforme a UNCTAD. Apesar da contração, empresas da União Europeia mantiveram elevado interesse em investir no Brasil, com anúncios de investimentos que não só superaram os valores de 2019, mas que permitiram ao Brasil superar alguns de seus pares internacionais como destino de investimentos produtivos por parte de empresas da União Europeia. O estudo também identificou 133 obras de infraestrutura no Brasil com participação de empresas europeias atuando como patrocinadoras ou operadoras dos projetos. Desse total, 108 se enquadram em projetos e energia e serviços de utilidade pública, 18 projetos estavam ligados ao setor de transportes e os 7 restantes ao setor de construção. Destaca-se o enorme interesse do capital europeu pelo potencial brasileiro na geração de energia verde: dos 133 projetos totais, 50 são parques eólicos e 24 são usinas solares. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.