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17/Mar/2023

Dólar em baixa com melhora no ambiente externo

O aumento da confiança de que instituições e países conseguirão evitar o espalhamento da crise bancária, após a turbulência que atingiu dois bancos norte-americanos e um suíço, abriu espaço nesta quinta-feira (16/03) para os investidores voltarem a buscar ativos de maior risco, o que se traduziu na queda firme do dólar ante o Real no Brasil. Os mercados repercutiram a notícia de que o Credit Suisse pegará emprestado até US$ 54 bilhões do banco central da Suíça. A ação foi vista como mais um sinal de que as instituições atuarão para evitar uma crise maior, após os bancos norte-americanos Silicon Valley Bank (SVB) e Signature Bank sofrerem intervenção nos Estados Unidos.

Grandes bancos norte-americanos estão negociando a injeção de capital no First Republic Bank, instituição financeira que vinha sendo monitorada com atenção pelo governo dos Estados Unidos. O montante do aporte será de US$ 30 bilhões, informaram os reguladores dos Estados Unidos. Com essas medidas, os investidores se sentiram seguros para buscar ativos de maior risco, como o Real brasileiro. O dólar fechou a R$ 5,23, em baixa de 1,05%. A quinta-feira (16/03) foi marcada por um movimento de correção não apenas no mercado de câmbio, mas também no de ações e de juros futuros. Mais otimistas, os investidores voltaram a mirar ativos de maior risco, como o Real brasileiro e as demais divisas de países emergentes, o que pesava sobre as cotações do dólar.

O índice do dólar (que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas) caía 0,20%, a 104,440. Segundo a BlueLine Asset Management, depois dos últimos dias, que tiveram uma pressão maior com a possibilidade de desaceleração global mais forte, há uma reversão. Os atores envolvidos na crise bancária estão defendendo que têm instrumentos para combater a queda de liquidez global. Com isso, diminuiu um pouco a percepção de que o evento pode criar capilaridade para outras instituições e outros países. Segundo o C6 Bank, o dólar passou a recuar com mais força ante o Real em função da possível solução para o banco norte-americano First Republic.

Essa notícia acelerou o movimento de queda. No Brasil, segue também a expectativa em torno da apresentação oficial do novo arcabouço fiscal, esperada para a próxima semana. Profissionais do mercado afirmam, no entanto, que as informações que têm saído na imprensa garantem certo otimismo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o anúncio do arcabouço deve ser feito antes de sua viagem à China. Lula embarca no dia 24 de março. O Banco Central vendeu 12.000 contratos de swap cambial tradicional, da oferta total de 16.000 contratos, para rolagem dos vencimentos de maio. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.