17/Mar/2023

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), recuos nos preços de combustíveis, alimentícios e produtos químicos garantiram nova deflação no atacado dentro do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de março. O IGP-10 passou de uma alta de 0,02% em fevereiro para uma elevação de 0,05% neste mês. O índice acumula aumento de 1,12% em 12 meses. Em março de 2022, o IGP-10 foi de 1,18%, acumulando elevação de 14,63% em 12 meses. No índice ao produtor, a principal contribuição para a taxa negativa partiu dos Produtos Industriais (de 0,10% para -0,32%), sob influência de Produtos Derivados de Petróleo e Biocombustíveis (de -1,07% para -2,33%), Produtos Alimentícios (de -0,89% para -1,24%) e Produtos Químicos (-1,58% para -1,69%), grupos que registraram recuos mais fortes em suas taxas de variação.

Tais movimentos permitiram que a taxa acumulada em 12 meses do IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) alcançasse o menor patamar desde março de 2018, quando caíra 1,56%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) passou de queda de 0,14% em fevereiro para uma redução de 0,07% em março. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais aceleraram de 0,20% no mês passado para 0,31% neste, tendo como principal contribuição o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -0,04% para 5,68%.

O grupo Bens Intermediários saiu de -0,65% em fevereiro para -1,25% em março, puxado pela queda do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -1,23% para -4,83%. O grupo Matérias-Primas Brutas acelerou de 0,10% em fevereiro para 0,88% em março. As principais contribuições para o movimento partiram dos itens: café em grão (de 2,70% para 8,36%), soja em grão (de -3,34% para -2,45%) e suínos (de -4,86% para 9,43%). As taxas foram menores nos itens: leite in natura (de 4,08% para 1,46%), milho em grão (de 0,53% para -0,94%) e arroz em casca (de 4,23% para -0,96%). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.