14/Mar/2023

O governo federal vai buscar novas aberturas do mercado chinês para produtos agropecuários do Brasil. Na pauta, que será avalizada pelo Itamaraty, estão o pedido de autorização para exportar gergelim, sorgo e noz pecã. A expectativa é de que as assinaturas de protocolos fitossanitários para ampliação da pauta bilateral entre os países ocorram durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático no fim deste mês. A percepção é de que há grande boa vontade da China com o presidente Lula. Além dos novos espaços, o foco do governo será também habilitar frigoríficos brasileiros para exportar carnes ao país. No Ministério da Agricultura, há uma lista com mais de 80 plantas aptas a vender proteína para a China que ainda aguardam autorização. São muitas pautas, mas dependerá do que a China irá aceitar.

A China prefere anúncios durante encontros bilaterais de autoridades, como a visita deste mês e a reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), em agosto. Uma comitiva do Ministério da Agricultura com a presença do ministro Carlos Fávaro e dos secretários de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, e de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, deve chegar ao país asiático na próxima segunda-feira (20/03). O ministro irá para reuniões bilaterais uma semana antes da visita presidencial para preparar os protocolos para a assinatura presidencial. Há 53 temas de interesse do agro brasileiro para serem discutidos.

Na agenda brasileira, consta também o pedido de reconhecimentos de status sanitários do Brasil pela China, como o reconhecimento de área livre de peste suína clássica (PSC), reconhecimento para os Estados aptos de área livre de febre aftosa sem vacinação, de área livre de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) e da regionalização de Influenza Aviária. São protocolos e reconhecimentos que permitirão ampliar a pauta exportadora, como por exemplo, vender miúdos de carne suína. A expectativa do Ministério da Agricultura é de que até lá as exportações de carne bovina do Brasil para o país asiático já estejam retomadas. Caso não estejam, pelo impacto financeiro na balança comercial essa será a prioridade do governo brasileiro. Hoje, a China é o principal destino dos produtos do agro brasileiro, respondendo por quase dois terços das exportações anuais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.