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13/Mar/2023

Grãos: preços globais devem se manter sustentados

Segundo o banco alemão Commerzbank, a menor oferta argentina de grãos deve ser parcialmente compensada pelas safras recordes esperadas para o Brasil, o que significa que os preços devem ser impulsionados apenas de forma limitada pelas perspectivas sombrias para Argentina. Em seu mais recente relatório mensal de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu sua previsão para a safra global de soja da atual temporada em 20%, principalmente em resposta à menor oferta da Argentina. O USDA agora prevê uma safra para o país de apenas 33 milhões de toneladas, ante os 41 milhões de toneladas previstos anteriormente.

A revisão para baixo não deveria ter sido uma grande surpresa, dado que os especialistas locais já previam um número visivelmente mais baixo. A Bolsa de Comércio de Rosário reduziu a sua previsão para a oleaginosa de 34,5 milhões de toneladas para 27 milhões de toneladas. As perspectivas para o milho também foram revisadas para baixo em 7,5 milhões de toneladas, para 35 milhões de toneladas. Nesse sentido, a estimativa do USDA é um pouco mais otimista, considerando que fez um corte nas previsões para o cereal de apenas 7 milhões de toneladas em relação ao relatório divulgado em fevereiro, para um total de 40 milhões de toneladas. Já as previsões de menor oferta de grãos ucranianos tendem a contribuir para a sustentação das cotações internacionais, ainda que o acordo de exportação do Mar Negro seja renovado.

A Academia Nacional de Ciências Agrárias da Ucrânia estima que a safra do país cairá 37% em relação ao ano passado, para 34 milhões de toneladas, após números já significativamente menores na temporada anterior por causa da invasão russa. Essa estimativa é ainda mais pessimista do que a da Associação de Grãos da Ucrânia (UGA), que espera que as exportações de trigo e milho alcancem 34 milhões de toneladas. A previsão reduzida pode ser justificada por uma área menor de cultivo e um declínio nos rendimentos, que devem ficar entre 15% e 30% abaixo da média dos anos anteriores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.