10/Mar/2023

A produção de alimentos é, sem dúvida, uma das vantagens mais poderosas do Brasil na economia global. O setor responde por R$ 130 bilhões da riqueza gerada no País e por mais de 4 milhões de empregos diretos e indiretos. É a grande oportunidade de o País se tornar relevante de fato, protagonistas a nível mundial, pois há desafios para o Brasil para se destacar globalmente em segmentos de alta tecnologia, como produção de celulares ou carros. O lugar do mundo que tem a maior possibilidade de produzir alimentos com sustentabilidade é o Brasil. Não há outra região do mundo com a mesma proficiência e qualidade. Outra questão à qual lideranças do setor devem estar atentas é a sustentabilidade que deixou de ser um up grade de gestão e se tornou uma obrigação.

Para ser uma liderança de grande impacto no setor, tem que saber o que foi discutido na COP 26/27, por exemplo. Lá, se discute políticas de estado relevantes que dizem respeito inclusive à soberania nacional. O bem-estar animal e o domínio da sigla ESG são outros fatores fundamentais aos quais o setor de alimentos e bebidas deve estar vigilante. O mundo observa como as companhias estão lidando com as questões sociais, ambientais e de governança corporativa. A MSD Saúde Animal, indústria farmacêutica que possui três fábricas no Brasil, comentou o impacto da mudança do perfil do consumidor na indústria de alimentos e bebidas.

Quem compra por necessidade, restringe as escolhas a preço (menor) e produtos que sejam ‘suficientes’ para alimentar a família. Aqueles que têm poder de compra mais alto escolhem consumir animais não-confinados, tratados sem antibióticos e opções orgânicas. Três fatores viabilizam o sucesso dos negócios: a licença para operar (com pessoas certas e custos eficientes); para competir (elementos-chave que te colocarão em igualdade de competição); e para vencer (diferencial, fator exclusivo que garante espaço para a vitória). A MSD defendeu ainda a valorização da propriedade rural e o acesso e a democratização da tecnologia no campo. Fonte: Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.