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02/Mar/2023

Sustentabilidade depende de pesquisa e tecnologia

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou do lançamento do Clube de Inovação Soja, em Campinas (SP). Na ocasião, destacou dois pontos como desafios de sua gestão: melhorar a imagem do produtor rural brasileiro no exterior e o fortalecimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Segundo o ministro, o mercado externo não sabe que a imensa maioria dos produtores brasileiros atuam com muita competência e respeito ao meio ambiente. Esse é o desafio: mostrar que os produtores são eficientes, modernos e respeitam o meio ambiente. Produzir de forma sustentável é um grande salto de qualidade.

E a produção sustentável não se traduz, necessariamente, em uma estratégia de desintensificação da agricultura. A redução da escala de produção pode ser um modelo para alguns países. Mas, o que serve para um não serve para outro. O que interessa é o resultado final: produzir e respeitar o meio ambiente. O ministro defende a proposta de produzir com sustentabilidade e intensificação. Para isso, a ideia é incorporar à agricultura cerca de 40 milhões de hectares hoje ocupados pela pecuária. Assim, o País praticamente dobra tudo o que foi feito de 1500 até agora e tira a pressão sobre o desmatamento. Essa política cria oportunidades para os setores de máquinas e equipamentos, sementes, defensivos, além de gerar empregos na cidade e no campo. Para isso, é preciso de inovação tecnológica.

Carlos Fávaro falou da importância da Embrapa para o agro brasileiro. Certamente não há nenhum dos cerca de 5.500 municípios que não tenha uma tecnologia aplicada no campo que não tenha sido gerada pela Embrapa. A empresa de pesquisa, que em 2023 comemora 50 anos, deve ser fortalecida pelo Ministério da Agricultura. A ideia é definir qual a Embrapa do futuro, o que a empresa pública precisa começar a pesquisar e com quem. Parceria com a iniciativa privada é um dos caminhos apontados pelo ministro para fortalecer a atuação da empresa. Inovação e sustentabilidade são as palavras de ordem. Para o lançamento do Clube de Inovação Soja, a Bayer convidou 130 pessoas que representavam 48 entidades de 18 Estados brasileiros.

De acordo com a Bayer no Brasil, 90% dos tomadores de decisões relativas à cultura estavam presentes. A ideia do clube é aproximar e fortalecer os elos da cadeia da sojicultura, atuando de forma conjunta. As exportações do agro brasileiro movimentam US$ 159 bilhões, sendo que a soja responde por 38% desse volume, ou seja, US$ 60,95 bilhões. A cultura representa 60% da área plantada no Brasil. Os membros do grupo devem se reunir em outras oportunidades durante o ano e um novo encontro do Clube de Inovação está agendado para agosto. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.