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27/Fev/2023

Dólar em alta acompanhando o movimento externo

Em sintonia com o exterior, o dólar fechou com alta firme ante o Real na sexta-feira (24/02), após novos dados de inflação nos Estados Unidos reforçarem as apostas nos mercados de que os juros norte-americanos subirão ainda mais. A perspectiva de juros mais elevados nos Estados Unidos deu força ao dólar em todo o mundo e penalizou divisas de maior risco, como o Real brasileiro. O dólar fechou a R$ 5,19, em alta de 1,22%. Na semana passada, mais curta em função do período de Carnaval, a moeda norte-americana acumulou elevação de 0,69%. Após ceder 0,67% na sessão de quinta-feira (23/02), o dólar abriu a sexta-feira (24/02) já no terreno positivo no Brasil, com os mercados à espera dos dados de inflação dos Estados Unidos. O Departamento do Comércio informou que o índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) dos Estados Unidos subiu 0,6% em janeiro, após alta de 0,2% em dezembro, resultado acima do esperado por analistas.

Com os números, cresceram as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) elevará os juros pelo menos mais três vezes em 2023. Em reação, os investidores reduziram ainda mais as posições em ativos de risco, como ações e moedas de países emergentes. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subiu 0,61%, a 105,210. Influenciado pelo exterior, o dólar iniciou a tarde de sexta-feira (24/02) com ganhos superiores a 1% ante o Real. Segundo a H. Commcor DTVM, desde o início da semana passada, havia a perspectiva de que os juros poderiam ficar mais altos, por mais tempo, nos Estados Unidos, após a divulgação de dados de produção. Na quinta-feira (23/02), houve uma leitura mais tranquila do PIB norte-americano, mas na sexta-feira (24/02) o PCE já mostrou uma inflação acima do esperado.

Para o C6 Bank, o processo de convergência da inflação norte-americana para perto de 2% será mais lento, não permitindo o início do ciclo de redução dos juros norte-americanos antes de meados de 2024. A perspectiva de alta para os juros dos Estados Unidos fez o dólar chegar a ser cotado a R$ 5,21 às 15h09, na máxima de sexta-feira (24/03), +1,44%. Na reta final da sessão, porém, a moeda norte-americana perdeu um pouco da força, encerrando abaixo dos R$ 5,20. Segundo a FB Capital, os juros estão fortes nos Estados Unidos, mas o Brasil tem atualmente as taxas reais (descontada a inflação) mais elevadas do mundo. Isso acaba limitando o valor do dólar ante o Real. Nas atuais condições, é improvável o dólar superar os R$ 5,30. Profissionais do mercado afirmaram ainda que o noticiário doméstico na semana passada teve menos influência nas cotações. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional, na operação de rolagem dos compromissos de abril. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.