ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

16/Fev/2023

Dólar sobe com temores sobre alta de juros nos EUA

O dólar avançou frente ao Real nesta quarta-feira (15/02), refletindo salto da moeda norte-americana no exterior em meio a temores sobre o ciclo de alta de juros do Federal Reserve, mas falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente da Câmara, Arthur Lira, ajudaram a limitar as perdas da divisa brasileira. No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,36%, a R$ 5,2182 na venda. Esse movimento acompanhou a valorização da divisa norte-americana no exterior, onde um índice que compara o dólar a uma cesta de seis pares fortes avançava mais de 0,7%. O mercado espera pelo menos mais dois ajustes no juro pelo banco central norte-americano este ano. Quanto mais sobem os custos dos empréstimos nos EUA, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente, conforme investidores redirecionam recursos para o mercado de renda fixa norte-americano.

Apesar da força global do dólar, falas de autoridades brasileiras ajudaram a conter as perdas do Real, que teve desempenho superior ao de vários pares arriscados durante a sessão. Dólar australiano, rand sul-africano e peso chileno, por exemplo, caíram mais de 1% no dia. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira que entende a ansiedade do mercado financeiro e que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciará no mês que vem a proposta de um novo marco fiscal para o país, que será debatida com a sociedade. Ele destacou que incertezas sobre o arcabouço das contas públicas e discussões sobre a meta de inflação do Brasil têm "gerado muito ruído no curto prazo" e que "o Real deveria estar mais apreciado".

Já o presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou nesta quarta-feira que não vê "nenhuma possibilidade" na mudança da independência do Banco Central no Congresso, após recentes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à autarquia. As notícias estão ajudando a reduzir algumas das preocupações mais recentes dos investidores. Agora, o mercado fica à espera da primeira reunião no novo governo do Conselho Monetário Nacional (CMN), a quem cabe fixar as metas de inflação a serem perseguidas pelo BC, na quinta-feira. Haddad afirmou na terça-feira que a meta de inflação não está na pauta do encontro, depois de rumores de que Lula teria pedido que a meta de inflação, hoje em 3,25% para este ano, fosse aumentada em 1 ponto percentual. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.