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15/Fev/2023

Dólar em alta com o temor de nova pressão de Lula

O dólar reverteu perdas de mais cedo e fechou em alta frente ao Real nesta terça-feira (14/02), com investidores voltando a temer pressões do governo de Luiz Inácio Lula da Silva por alterações na meta de inflação do país e redução no nível dos juros. A moeda norte-americana à vista avançou 0,43%, para R$ 5,1996 na venda, depois de mais cedo ter caído até 0,93%, a R$ 5,1288. A piora no mercado doméstico refletiu notícia de que Lula teria avisado à equipe econômica que quer um aumento de 1 ponto percentual na meta de inflação de 2023, atualmente em 3,25%, e a redução da Selic para um patamar próximo de 12% até o fim do ano.

A notícia foi publicada depois de mais cedo investidores terem reagido positivamente a falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que se posicionou em entrevista na noite de segunda-feira e em evento esta manhã contra eventual flexibilização dos objetivos de inflação do Brasil. Ocorreu um apaziguamento com Campos Neto e agora Lula solta essa frase. Os ativos brasileiros têm sido abalados pela tensão institucional entre governo e BC nos últimos dias, após críticas intensas de Lula e aliados à atuação da autoridade monetária e ao nível dos juros no país. Depois dos ataques, Campos Neto fez um aceno ao petista nesta terça-feira (14/02) ao afirmar que é justo o Executivo questionar o patamar elevado dos juros e que é trabalho do Banco Central esclarecer e melhorar a comunicação em meio a esse debate.

Agora, o mercado fica à espera da primeira reunião no novo governo do Conselho Monetário Nacional (CMN), nesta próxima quinta-feira (16/02), com alguns participantes do mercado ainda se mostrando desconfortáveis com a possibilidade de que sejam discutidas mudanças para elevar as metas de inflação, mesmo que elas não sejam implementadas já nesta semana. Perguntado sobre se haverá debate sobre os objetivos de inflação na reunião do CMN, Campos Neto disse que será preciso aguardar para ter essa resposta, ressaltando que a prerrogativa de pautar e definir o tema é do governo. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.