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10/Fev/2023

Inflação: alimentos puxaram o índice em janeiro

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação de janeiro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi puxada pelos alimentos, ainda que a alta desses preços tenha tido desaceleração ante dezembro. Da alta de 0,53% no mês passado, 0,13% foram acrescentados pelo avanço de 0,59% no grupo Alimentação e Bebidas. Em dezembro, o grupo havia subido 0,66%. No grupo Alimentação e bebidas, a variação da alimentação no domicílio (0,60%) também ficou abaixo da registrada em dezembro (0,71%). Os destaques de alta foram os preços da batata-inglesa (14,14%), do tomate (3,89%), das frutas (3,69%) e do arroz (3,13%). Na contramão, houve queda em componentes importantes da cesta de consumo, como a cebola (-22,68%), o frango em pedaços (-1,63%) e as carnes (-0,47%). A alimentação fora do domicílio subiu 0,57%. A maior contribuição (0,02%) veio do lanche (1,04%). A refeição, por sua vez, teve alta de 0,38%, acima do mês anterior (0,19%).

Os preços de refrigerantes e água mineral (0,81%) e a cerveja (0,43%) também subiram. A inflação de combustíveis começou o ano pressionando o IPCA de janeiro. Os combustíveis ficaram 0,68% mais caros em janeiro. Com isso, o grupo Transportes subiu 0,55% no IPCA, com impacto positivo de 0,11% na variação agregada de 0,53% no índice cheio. O encarecimento dos combustíveis foi puxado pelo aumento nos preços da gasolina (0,83%) e do etanol (0,72%). Por outro lado, o óleo diesel (-1,40%) e o gás veicular (-0,85%) tiveram queda em janeiro. O subitem emplacamento e licença subiu 1,60%, porque incorporou pela primeira vez a fração mensal referente ao IPVA de 2023. A elevação dos preços dos carros usados também contribuiu para o encarecimento desse item. Também subiram os preços do automóvel novo (0,83%). Ainda no grupo Transportes, é destaque a alta de 0,91% dos ônibus urbanos. Também houve reajustes de táxi (3,03%) e em praças de pedágio. Na contramão, os preços dos transportes por aplicativo recuaram 17,03%, após subirem 10,67% em dezembro.

O índice de difusão do IPCA caiu em janeiro. Mês passado, 63% de todos os preços pesquisados pelo IBGE registraram alta. Em dezembro de 2022, a proporção foi de 69%. A redução da difusão foi puxada por preços de produtos não alimentícios. A difusão dos preços dos alimentos ficou estacionada em 65%, entre dezembro do ano passado e janeiro. Já a difusão de itens não alimentícios foi de 72% em dezembro e caiu para 61% em janeiro. Por isso, o cenário apontado pelo IPCA de janeiro não é de inflação pressionada, mesmo ponderando que a redução do índice de difusão é afetada por promoções em produtos de vestuário, com destaque para as roupas femininas, e artigos de cuidados pessoais, como os perfumes. Os grupos estão apontando em direções diferentes. Do ponto de vista regional, chama a atenção para o fato de o IPCA de Salvador (BA) ter ficado em 1,09% em janeiro, a maior taxa dos 16 locais pesquisados pelo IBGE. A retomada das alíquotas do ICMS na Bahia fez a diferença, como no caso da conta de luz. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.