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10/Fev/2023

Perspectivas positivas para indústria de alimentos

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), as vendas reais da indústria brasileira de alimentos e bebidas, descontada a inflação, assim como a produção devem crescer de 1,5% a 2% neste ano. As perspectivas são positivas para o setor neste ano, mesmo com a pressão dos custos de produção e as incertezas na economia mundial. A Abia prevê desaceleração no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), com alta de 0,8% a 1% em 2023.

Deve haver um crescimento moderado para as vendas da indústria de alimentos no mercado interno, com perspectiva de continuidade na recuperação do food service. A expectativa é que food service represente 29% do faturamento da indústria alimentícia no mercado interno neste ano ante 27% de participação em 2022. No mercado externo, o cenário deve seguir desafiador para as exportações de alimentos industrializados, em virtude do menor crescimento projetado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia mundial (de 3,4% para 2,9%).

Em contrapartida, a expectativa de manutenção da taxa de câmbio e da expansão das economias da China, em meio à flexibilização das restrições à circulação de pessoas, e da Índia, impulsionada pelos investimentos em infraestrutura são fatores de estímulos à exportação de alimentos brasileiros. Do lado dos custos, o aumento de 14,5% na safra de grãos 2022/2023, se confirmado, tende a amenizar a pressão sobre os custos de produção da indústria, já que deve melhorar a disponibilidade das matérias-primas para a indústria de alimentos no mercado interno.

Outro fator positivo que pode amenizar o custo de produção da indústria é a acomodação dos preços das commodities agrícolas no mercado internacional em 2023. Contudo, a baixa é limitada pela forte demanda global por alimentos. Mas, existe tendência de baixa nos preços. A indústria de alimentos processa aproximadamente 58% da produção agropecuária brasileira. A indústria brasileira responde por 17,6% da exportação do Brasil. O saldo da balança comercial da indústria de alimentos do País foi de US$ 51,8 bilhões. O saldo da balança da indústria de alimentos representou 83,9% do saldo geral da indústria.

A cada 10% que o País deixa de exportar em commodities e exporta em alimentos, tende a entrar cerca de US$ 3 bilhões a mais. A China é o principal destino das exportações de alimentos brasileiros, seguida pelos Estados Unidos. Há o desejo de crescer a participação do Brasil nas exportações na América do Sul, mas há percalços. A Argentina é um parceiro importante que tem enfrentado dificuldades. A China, por sua vez, importou US$ 12,97 bilhões de alimentos do Brasil em 2022, enquanto a União Europeia, US$ 8,81 bilhões. Para 2023, a perspectiva é de estabilidade no faturamento em exportação de alimentos. A estabilidade no mercado é atribuída à desaceleração da economia global. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.