10/Fev/2023

Levantamento feito pela Serasa Experian em todo o Brasil aponta que 27% dos produtores rurais estavam inadimplentes em novembro, percentual menor que o apurado entre a população geral adulta do País, de 43%. Mesmo com os reflexos da pandemia e da instabilidade econômica, o agronegócio se mostrou forte e continuou sendo um dos principais motores econômicos do País. O nível de inadimplência no setor rural não deve ser visto como alarmante. A maioria dos produtores consegue evitar a "negativação" e continua gerando empregos, cultivando, expandindo ganhos e mitigando riscos de suas negociações.

O estudo também identificou que a Região Sul tinha o menor percentual de agricultores inadimplentes em novembro, 14,8%. A Região Sudeste aparece em segundo na lista, com 24,4%, seguida das Regiões Centro-Oeste (30,4%), Nordeste (32,9%), e Norte (38,4%). Entre as 27 Unidades Federativas do País, a inadimplência de produtores rurais só foi maior que a da população em geral no Maranhão (41,5% entre agricultores e 39,1% na população total) e em Roraima (50% no caso de produtores e 47,9% da população como um todo). Outro dado apontado pelo levantamento é a relação entre a idade e a renda mensal dos produtores com o nível de inadimplência: a "negativação" diminui com a idade, principalmente a partir dos 51 anos.

Entre os de 18 a 25 anos, a inadimplência é em média de 42,2%; chega a 30,7%, na média, entre agricultores de 41 a 50 anos; 26,4% na faixa etária de 51 a 60 anos, e 23,1% no caso do grupo com mais de 60 anos. O estudo de Inadimplência do Produtor Rural foi produzido em novembro do ano passado pela Serasa Experian a partir da análise de aproximadamente 9 milhões de perfis de pessoas físicas que constam do Cadastro Positivo, que sejam donos de propriedades rurais e/ou que possuam empréstimos e financiamentos da modalidade rural e/ou agroindustrial em todo o País. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.