07/Fev/2023

INFLAÇÃO

Após o Banco Central reforçar seu compromisso com a meta de inflação e o governo contra-atacar com novas críticas à independência da autoridade monetária, as expectativas para a inflação voltaram a piorar. desta vez, porém, de forma mais moderada. A projeção para o IPCA (o índice oficial de inflação) deste ano subiu de 5,74% para 5,78%, contra 5,36% há um mês. Para 2024, horizonte cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do Banco Central, a projeção avançou, de 3,90% para 3,93%, de 3,70% há quatro semanas. Atualmente, o foco da política monetária está nos anos de 2023 e, com maior peso, de 2024.

A projeção para a inflação oficial em 2023 está bem acima do teto da meta (4,75%), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central, após 2021 e 2022. Para 2024, a previsão está acima do centro da meta (3,00%), mas ainda dentro do intervalo que vai de 1,50% a 4,50%. A projeção para o IPCA de 2025 continua em 3,50%, de 3,30% há um mês. Da mesma forma, a estimativa para o IPCA de 2026 se mantém em 3,50%, contra 3,20% um mês antes. A meta para 2025 é de 3,00% (margem de 1,50% a 4,50%). Ainda não há objetivo definido para 2026.

PIB

Há relativa estabilidade no cenário de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. A projeção de alta do PIB em 2023 passou de 0,80% para 0,79%, contra 0,78% há um mês. Para 2024, a perspectiva de crescimento do PIB se mantém em 1,50%, mesma projeção de um mês atrás. Para 2025, a estimativa continua em 1,89%, contra 1,90% de quatro semanas antes. Para 2026, a previsão está em 2,00% há 47 semanas.

JUROS

Com a indicação do Banco Central de que deve manter a taxa Selic em 13,75% por mais tempo, a expectativa para os juros básicos no fim de 2023 se mantém estável, mas há avanço nos anos seguintes. A projeção para o fim de 2023 continua em 12,50% ao ano. Para o término 2024, a previsão tem avanço de 9,50% para 9,75%. Há quatro semanas, as estimativas eram de 12,25% e 9,25%, nessa ordem.

A incerteza fiscal e a desancoragem de expectativas inflacionárias em prazos mais longos aumentam o custo da desinflação. O Banco Central está avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período mais prolongado do que no cenário de referência será capaz de assegurar a convergência da inflação. A projeção para a Selic no fim de 2025 passou de 8,50% para 9,00%, contra 8,00% de quatro semanas antes. Para 2026, a projeção para Selic se mantém em 8,50%, de 8,00% há um mês.

DÓLAR

O cenário da moeda norte-americana em 2023 e 2024 se mantém estável. A estimativa para o câmbio neste ano continua em R$ 5,25. Há um mês, a mediana era de R$ 5,28. Para 2024, a previsão continua em R$ 5,30, mesmo valor de quatro semanas antes.

Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.