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03/Fev/2023

Hidrogênio Verde e a reindustrialização brasileira

Segundo a Siemens Energy, a reindustrialização brasileira pretendida pelo governo Lula passa pelo hidrogênio verde, e a visita do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, ao Brasil esta semana teve tudo a ver com isso. A democracia tem um papel fundamental na aproximação dos dois países, para garantir o abastecimento no longo prazo. A produção do hidrogênio verde virá em duas ondas. A primeira seria a produção de produtos com essa fonte de energia e, a segunda, o transporte do combustível, o que ainda é tecnologicamente, tecnicamente e economicamente muito difícil. Ao olhar o Brasil, a Alemanha enxerga uma potência de energias renováveis, com usinas eólicas e solares, e com potencial de ir muito além.

O País tem 150 GW (gigawatts) só no eólico offshore. Isso chama a atenção de qualquer nação no mundo, principalmente a Alemanha, que monta sua estratégia para o hidrogênio verde. A Alemanha pode ajudar na reindustrialização brasileira, já que 10% do Produto Interno Bruto Industrial do Brasil é formado por empresas alemãs, o que torna possível desenvolver o uso do novo combustível em empresas que já existem no País, nessa primeira onda, na fabricação de produtos verdes, como a amônia, por exemplo. O mundo vai demorar 5 a 10 anos para começar a transportar hidrogênio em navios. Não tem frota e não é fácil. Enquanto isso não ocorre, tem que transformar o hidrogênio verde em produto verde para ser exportado.

Enquanto na primeira onda do hidrogênio verde os projetos têm escala de megawatts (MW), na segunda onda o patamar sobre para alguns gigawatts (GW), onde estão inseridos os empreendimentos de energia eólica offshore, também alvo de interesse da Siemens Energy no longo prazo. Ainda é dúvida a destinação da geração de energia em alto mar, onde no mínimo os projetos já partem de 1 GW. É um jogo que exige escala, e ainda há oportunidades no eólico onshore (terra) e solar extremamente competitivas. O capital vai se destinar a essas outras fontes, o que não impede de se estudar as licenças ambientais (das eólicas offshore), que não são simples. A indústria eólica offshore deve se tornar realidade no Brasil apenas no final da década. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.