03/Fev/2023

O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera um ano desafiador para a economia da América Latina em 2023. A combinação de juros em alta com preços de commodities em baixa deve desacelerar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da região a 2% em 2023. Em 2022, a atividade nesses países resistiu bem aos choques da guerra na Ucrânia e do aperto monetário global, com expansão econômica de quase 4%. No entanto, o ritmo de criação de empregos e os gastos com consumo em bens e serviços já começaram a enfraquecer. O crescimento também será prejudicado por uma desaceleração dos parceiros comerciais, particularmente os Estados Unidos e a zona euro.

Haverá também o impacto das condições financeiras mais apertadas. O cenário pode intensificar as tensões sociais na América Latina, à medida que a população enfrenta uma piora nos padrões de vida. O crescente descontentamento social e a diminuição da confiança nas instituições públicas têm sido uma tendência importante na região há algum tempo. Para enfrentar as dificuldades, os países da América Latina devem promover medidas macroeconômicas que garantam a estabilidade, apoiem o empreendedorismo e atendam às necessidades sociais. Isso ajudará a mitigar o descontentamento social e restaurar a confiança nas instituições públicas.

Os bancos centrais na região não podem enfraquecer a determinação em combater a inflação. Isso significa manter os juros em níveis elevados por algum tempo, para que os índices de preços retornem às metas estabelecidas pelas autoridades monetárias. Na política fiscal, a recomendação é de que os governos mantenham a ênfase no apoio aos mais pobres, ao mesmo tempo em que trabalham para diminuir a dívida pública. Igualmente importante é que os governos cuidadosamente priorizem os gastos e prestem atenção às formas de aumentar a credibilidade das instituições públicas, enfatizar a boa governança e a transparência será fundamental. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.