25/Jan/2023

Nos próximos anos, o setor de seguros espera que as pesquisas a ele relacionadas abracem temas como as mudanças climáticas e a economia verde, que começam a influenciar as apólices de seguro. Por enquanto, a produção acadêmica está concentrada no seguro automotivo, o de maior sucesso do País, e nos cálculos atuariais de modo geral. Essas conclusões vieram da produção acadêmica inscrita no 1º Prêmio de Pesquisa em Seguros da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Os trabalhos apontam para os setores mais tradicionais.

Nos próximos anos, porém, a expectativa é de uma maior diversidade de temas. Segundo o Instituto de Inovação em Seguros e Resseguros (FGV-IISR), haverá mais pesquisas sobre o seguro paramétrico, seguros climáticos e sobre a economia verde como um todo. A predominância de trabalhos sobre o seguro automotivo é natural, diante da maior disponibilidade de dados de mercado oficiais. A ideia de fazer o prêmio foi a de estimular a pesquisa sobre o setor, aos moldes do que o Banco Central e as entidades ligadas ao mercado de capitais costumam fazer.

O Instituto se propõe a estabelecer pelo menos a periodicidade de um ano para o prêmio. O objetivo é engajar o mundo acadêmico, engajar o jovem. As próximas edições devem ser temáticas, justamente para estimular a produção sobre novos tipos de seguro e novas tendências de mercado. No caso do paramétrico, por exemplo, a ideia é ampliar os estudos sobre uma modalidade que ainda é pequena no Brasil, mas que é vista como uma alternativa mais barata e menos arriscada às apólices tradicionais de seguro agrícola, por exemplo.

Isso conversa diretamente com outro ponto que já tem deixado os seguros mais caros, tanto para os clientes quanto para as seguradoras: a mudança climática. O seguro é afetado por catástrofes e agora ele começa a ser afetado também por movimentos menores, que levam a grandes prejuízos. Uma grande enchente, por exemplo. Além da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apoiam o prêmio a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) e o Insper. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.