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17/Jan/2023

Mercado de Carbono e o ceticismo dos produtores

Empresas agrícolas estão investindo milhões de dólares para desenvolver programas destinados a capturar mais dióxido de carbono nos campos, como uma possível solução para mitigar as mudanças climáticas. Agricultores, entretanto, continuam céticos. Os produtores temem que os custos de novas práticas superem os ganhos da colheita ou façam com que percam produtividade. Gigantes da indústria agrícola, incluindo Bayer, Nutrien, Corteva e startups como Indigo Ag, estão desenvolvendo sistemas que visam criar um mercado de carbono impulsionado pela agricultura. A ideia é aproveitar os processos naturais para transformar os campos dos agricultores em redutores de carbono.

O mercado de créditos de carbono em geral pode chegar a US$ 50 bilhões até 2030, de acordo com um estudo de 2021 da consultoria McKinsey & Co. No entanto, menos de 5% dos mais de 1,3 mil agricultores norte-americanos entrevistados pela McKinsey em 2022 disseram participar de um programa como este e mais de 50% afirmaram que o retorno incerto do investimento foi um dos principais motivos para não aderir. Os agricultores geralmente recebem de US$ 15,00 a US$ 20,00 por tonelada de carbono sequestrado nos programas atuais das empresas agrícolas, segundo o Banco de Montreal. Os agricultores precisam ganhar mais de US$ 50,00 por tonelada para tornar os programas de carbono economicamente viáveis para suas operações. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.