23/Dez/2022

Eventos climáticos extremos e tensões geopolíticas contínuas poderão elevar os preços globais agrícolas em 2023. O ano de 2023 deve ser outro volátil, com problemas de oferta por causa de questões climáticas agravadas e a guerra na Ucrânia. O conflito pode representar mais desafios para os agricultores do país em 2023, com a produção possivelmente sofrendo mais queda. As perdas de produção durante 2022 provavelmente se tornarão mais pronunciadas em 2023, pois a guerra interrompeu a capacidade dos agricultores de preparar campos, semear, proteger e fertilizar as plantações. A estimativa de área com milho na Ucrânia foi reduzida em 800 mil hectares e de trigo em 500 mil hectares, limitando a produção a 21,5 milhões de toneladas e 19,5 milhões de toneladas na temporada 2023/2024, respectivamente.

Por consequência, as exportações devem cair, estimando-se 13 milhões de toneladas de milho a serem embarcadas, e 9 milhões de toneladas de trigo, o menor nível desde 2012/2013. Somado a esses fatores, a seca persistente em partes dos Estados Unidos também aumentou os riscos para os fundamentos do mercado de grãos e pecuária. Na Argentina, o La Niña atingiu 95% das regiões de cultivo do país com uma seca que deve reduzir a produção de trigo pela metade. No entanto, as agências meteorológicas globais esperam que o fenômeno climático chegue ao fim no início de 2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.