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19/Dez/2022

Brasil quer atrair investimentos “verdes” em Davos

Para conquistar investidores internacionais e os que estão de olho em práticas sustentáveis, o ministro indicado para a Fazenda, Fernando Haddad, deverá ser escalado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para participar, em janeiro de 2023, do Fórum Econômico Mundial, em Davos. A ex-ministra do Meio Ambiente e deputada federal eleita, Marina Silva (Rede-SP) também deve integrar a comitiva, embora seu papel no novo governo ainda não tenha sido definido. Além de ser um evento de luxo voltado para o setor financeiro, o Fórum Econômico Mundial foi um dos primeiros eventos internacionais de grande porte a trazer o tema sustentabilidade em suas reuniões e debates. Em 2003, ano em que chegou ao Palácio do Planalto pela primeira vez, Lula foi à cúpula e fez uma grande defesa do combate à fome, sendo um marco para a comunidade internacional.

Desta vez, o presidente eleito, porém, deve deixar Haddad e Marina Silva encarregados ir à Davos para comparecer à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), também marcada para janeiro. O futuro chanceler, Mauro Vieira, disse que Lula determinou começar a política externa pelo Mercosul. No dia seguinte à vitória eleitoral, o petista se comprometeu com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, a fazer sua primeira viagem para o exterior ao país vizinho. A escalação de Lula para o Fórum Econômico Mundial foi bem pensada. Haddad será seu ministro da Fazenda, tem interlocução com agentes internacionais e é pessoa de sua extrema confiança. Os dois, no entanto, ainda vão discutir sobre a viagem. Além disso, ele tem a consciência de que Marina Silva é um cartão de visitas importante neste momento em que pretende mostrar para os estrangeiros que, no comando do País, dará enfoque especial ao meio ambiente.

Cotada para voltar ao Ministério ou assumir a futura Autoridade Climática, a deputada eleita tem dito que Lula lhe garantiu uma abordagem transversal do tema por toda a Esplanada. Não foi à toa que a primeira viagem internacional de Lula depois do resultado da eleição foi ao Egito, onde ocorria a Conferência do Clima (COP-27). Apesar de transitar bem entre líderes de outros países. Lula, agora, está mais voltado ao combate à fome internamente e quer dar ênfase à política externa mais voltada aos países vizinhos e às economias em desenvolvimento. O Fórum Econômico foi a estreia de Lula ao mercado financeiro global nos dias 24 e 25 de janeiro de 2003, e foi muito bem recebido pela comunidade internacional. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.