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19/Dez/2022

Projeções para economias da Europa, China e EUA

Segundo a Fitch Ratings, a zona do euro e o Reino Unido já está em recessão econômica, iniciada no atual quatro trimestre de 2022. Os Estados Unidos devem enfrentar uma recessão entre o segundo e o terceiro trimestres de 2023. Apesar de avaliar que a atividade na zona do euro está em contração, a perspectiva para a região já não é tão pessimista quanto há alguns meses. Isso porque a chance de que o bloco tenha de racionar o uso de energia parece ter sido evitado por ora. Havia temor de que a queda da oferta de gás da Rússia aos países europeus provocasse uma escassez de energia que, para evitar cortes aos domicílios, obrigaria governos a reduzir entregas à indústria.

Graças à diversificação de fontes energéticas, aumento dos estoques e redução do consumo ao longo de 2022, é improvável que a Europa tenha de racionar energia. No entanto, deve haver conflito entre a política fiscal expansionista de governos e a política monetária contracionista do Banco Central Europeu (BCE). Essa relação é um risco de baixa para a economia da região. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) não deve relaxar a política monetária em 2023 após o ciclo atual de alta de juros, movimento conhecido como "pivot", ao contrário do que projeta o mercado. Em comentários recentes, o presidente do Fed, Jerome Powell, tem ressaltado os riscos de relaxar a política monetária cedo demais e, com isso, permitir que a inflação siga muito acima da meta de 2%.

Ainda que a inflação nos Estados Unidos esteja melhorando nitidamente, especialmente entre bens de consumo, ainda há pressões fortes vindas de serviços, o que está relacionado com o mercado de trabalho extremamente apertado mesmo com a desaceleração da economia. Assim, o Fed manterá os juros em patamar restritivo em 2023 ao mesmo tempo em que realiza o seu aperto quantitativo (nome dado à redução do balanço de ativos de BCs), levando a economia dos Estados Unidos para uma recessão. A contração econômica, porém, deve ser relativamente moderada, considerando padrões históricos. Na China, a economia deve se deteriorar em ritmo forte entre o fim de 2022 e o começo de 2023.

Houve uma espécie de abandono da política de “Covid-zero" pelos dirigentes chineses, o que tem resultado em um grande aumento das infecções no país, o que pressionará a economia no curtíssimo prazo. Na segunda metade do ano que vem, contudo, a remoção completa das restrições contra a Covid-19 impulsionará a recuperação da economia chinesa, que se estenderá para 2024. Dos principais drivers para a desaceleração da atividade na China, o setor imobiliário deve mostrar recuperação apenas modesta em 2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.