15/Dez/2022

O futuro chanceler, o embaixador Mauro Vieira, avaliou que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia pode ter um horizonte melhor a partir do próximo ano, citando medidas que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende adotar na área ambiental. As críticas de governantes europeus à política ambiental do presidente Jair Bolsonaro emperraram o processo de homologação do acordo entre os dois blocos. Lula orientou o embaixador a trazer o Brasil de volta à cena internacional. A política será de reconstruir pontes, primeiro com os países da América do Sul e da América Latina.

Lula também pediu a retomada dos programas de cooperação com países da África, além de aproximação com Estados Unidos, China e União Europeia. O novo governo quer uma relação cooperativa, mas soberana com esses países. Questionado sobre o processo de adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o embaixador reconheceu que há pontos positivos nos instrumentos adotados pelo País, mas disse que ainda teria reuniões sobre o tema e, portanto, não poderia dar maiores informações sobre a continuidade ou não das tratativas com o organismo internacional.

O futuro chanceler acrescentou que o Brasil buscará um “olhar novo” para instituições deixadas de lado pelo atual governo, como a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Lula participará de reunião da Celac na Argentina, com uma reunião bilateral (com o presidente Alberto Fernández), e fará visitas oficiais aos Estados Unidos e à China nos primeiros três meses do próximo ano. Lula pretende escolher uma cidade na Amazônia brasileira para sediar a cúpula de chefes de Estado da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e reafirmou a intenção em receber a COP-30 em 2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.