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08/Dez/2022

Preços das commodities deverão recuar em 2023

Segundo o Bradesco, os preços de commodities estão cerca de 19% acima do que indicam os fundamentos e devem ceder em 2023. O alívio pode gerar uma redução de 0,6% na inflação do ano que vem e provocar uma perda de até R$ 35 bilhões na arrecadação federal. As projeções consideram que o petróleo Brent deve atingir US$ 80,00 por barril até o fim do ano que vem. Para o minério de ferro, a estimativa é de uma redução de 20% na cotação, a US$ 80,00 por tonelada.

As estimativas também levam em conta quedas na soja (de US$ 14,20 por bushel para US$ 13,20 por bushel), milho (de US$ 6,50 por bushel para US$ 6,00 por bushel) e trigo (de US$ 8,00 por bushel para US$ 7,80 por bushel). Este cenário tem implicações para a economia brasileira. O Bradesco projeta menor inflação, menor superávit comercial e perda da arrecadação. Mantido o câmbio estável, esse cenário indica um alívio de 2,20% no IGP-M e de 0,60% no IPCA em 2023. A queda do petróleo também seria suficiente para retirar R$ 35 bilhões da arrecadação federal, via royalties, participações, IRPJ e CSLL, enquanto o superávit comercial pode ser reduzido em US$ 7,0 bilhões, devido à queda de exportações do minério.

A expectativa para a redução nos preços de commodities decorre principalmente do arrefecimento da economia global previsto, de 2,9% este ano para 2,4% no próximo, mesmo que o movimento de queda tenha perdido força nos últimos meses. Apesar do movimento recente e das restrições de oferta, a tendência segue sendo de preços menores, em linha com a desaceleração da economia global e o dólar forte. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.