08/Dez/2022

A Cargill afirmou que o agronegócio brasileiro precisa enfrentar sua imagem no exterior no que se refere à sustentabilidade, ainda que, muitas vezes, ela não represente o setor de forma homogênea. A imagem do segmento está associada à ação de grileiros da Amazônia. O mundo não conhece a geografia brasileira e vê o País como “um pacote”. É preciso mudar a imagem do País. O Brasil é um pacote e esse pacote tem sido mal vendido. A implementação efetiva do Código Florestal é um dos passos importantes para o Brasil reverter essa imagem em nível internacional. O Código Florestal fez 10 anos agora e, infelizmente, não está implementado em todos os Estados com o Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Entre os desafios pode-se citar a necessidade de conquistar consumidores dispostos a pagar por produtos totalmente adequados à cadeia da sustentabilidade. Fazer a "tradução" do que o usuário compra na gôndola e o que sai da porteira da fazenda ainda é difícil. Porém, parcelas do mercado de maior valor agregado que estão dispostas a pagar. A decisão da União Europeia de proibir as importações de produtos de áreas de desmatamento deve entrar em vigor entre maio e junho de 2023. A lei da Comunidade Europeia está sendo feita há cerca de dois anos e a expectativa é de que comece a entrar em ação entre maio e junho do ano que vem.

O Parlamento Europeu chegou a um acordo preliminar que proíbe a entrada no bloco de commodities provenientes de áreas com desmatamento ou de florestas derrubadas ilegalmente após 31 de dezembro de 2020. O regulamento prevê o controle sobre as importações de carne bovina, óleo de palma, soja, madeira, cacau, café e outros produtos. A Europa é um mercado-chave, e mesmo acordos entre o Brasil e a Comunidade Europeia não devem impedir que essas iniciativas de controle para a sustentabilidade ganhem força no continente. O Brasil terá que se adequar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.