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01/Dez/2022

Taxa de desemprego segue recuando no trimestre

De acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira (30/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,3% no trimestre móvel terminado em outubro. Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,1%. No terceiro trimestre, encerrado em setembro, a taxa de desocupação estava em 8,7%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.754,00 no trimestre móvel encerrado em outubro. O resultado representa alta de 4,7% em relação a igual trimestre móvel de 2021. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 269,5 bilhões no período de agosto a outubro, alta de 11,5% ante igual período do ano passado. A queda na taxa de desemprego no trimestre móvel terminado em outubro foi marcada por um recorde no total de ocupados. O País registrou entre agosto e outubro 99,661 milhões de trabalhadores ocupados, entre formais e informais.

A população ocupada aumentou em 1,0% em um trimestre, o que indica a abertura de 996 mil postos de trabalho, entre formais e informais, na comparação com o trimestre móvel terminado em julho. Em relação a um ano antes, o total de ocupados cresceu 6,1%, indicando a criação de 5,704 milhões de postos de trabalho, entre formais e informais. Com isso, o nível de ocupação ficou em 57,4% no trimestre móvel encerrado em outubro, ante 54,6% um ano antes. É o maior nível de ocupação desde o trimestre móvel terminado em abril de 2015, quando a taxa ficou em 57,5%. O País tinha 9,022 milhões de desempregados no trimestre móvel terminado em outubro. Com isso, a taxa de desemprego passou de 9,1% no trimestre móvel até julho para 8,3% no período de agosto a outubro. O total de desocupados caiu 8,7% em relação ao trimestre móvel imediatamente anterior, com 860 mil pessoas a menos em busca de uma vaga. Em relação a igual trimestre móvel de 2021, o número de desempregados tombou 30,1%, com 3,884 milhões de pessoas a menos na fila do desemprego.

A queda no desemprego foi puxada pela geração de postos de trabalho, com o aumento da população ocupada. Com isso, a taxa de desemprego de 8,3% foi a menor para os trimestres móveis encerrados em outubro desde 2014, quando foi de 6,7%. Desde a metade do ano passado, observa-se forte da queda da desocupação. O avanço importante no processo de vacinação contra Covid-19 é elemento principal para motivar a virada no sentido da queda. A vacinação permitiu uma maior normalidade no funcionamento dos negócios, inclusive nos "serviços presenciais". Além disso, o trimestre móvel até outubro é marcado por um aumento, sazonal, na geração de vagas. Esse movimento, tradicional no mercado de trabalho brasileiro, é puxado pelos empregos temporários com vistas a atender o aumento da demanda provocado pelas festas de fim de ano. O total de trabalhadores com carteira assinada ficou em 36,623 milhões de pessoas no trimestre móvel encerrado em outubro. A variação da população ocupada nessas condições aponta para a criação de 822 mil vagas no setor privado com carteira em um trimestre, avanço de 2,3% ante o trimestre móvel terminado em julho.

Na comparação com um ano antes, são 2,747 milhões de trabalhadores com carteira assinada a mais, alta de 8,1%. Os dados são diferentes, tanto em termos de metodologia quanto de período de referência, das informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), registro administrativo de responsabilidade do Ministério do Trabalho e Previdência. Em outubro, o Caged registrou a geração de 159.454 vagas com carteira assinada, conforme os dados divulgados no dia 29 de novembro. Principal motor do crescimento da ocupação ao longo dos trimestres de retomada da economia após a crise econômica provocada pela pandemia de Covid-19, a informalidade do mercado de trabalho caiu no trimestre móvel terminado em outubro. O total de trabalhadores informais foi de 38,964 milhões no período de agosto a outubro. Na comparação com o trimestre móvel terminado em julho, houve uma redução de 329 mil pessoas no contingente de trabalhadores informais, enquanto o número total de ocupados avançou, com empregos formais. Na comparação com um ano antes, são 753 mil pessoas a mais de ocupações tidas como informais.

Com isso, a taxa de informalidade ficou em 39,1% do total da população ocupada no trimestre móvel encerrado em outubro, abaixo tanto dos 39,8% do trimestre móvel imediatamente anterior quanto dos 40,7% de igual período de 2021. A redução da informalidade foi motivada pelo aumento do número de empregos com carteira assinada no setor privado. Mesmo assim, o número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado, 13,372 milhões, com crescimento de 11,8% ante um ano antes, atingiu o maior nível desde o início da série histórica da Pnad, iniciada em 2012. A queda da informalidade foi puxada também pela redução no total de trabalhadores por conta própria (normalmente, esses empregados trabalham na informalidade). Eles somaram 25,410 milhões no trimestre móvel até outubro. Na comparação com o trimestre móvel até julho, o número de ocupados por conta própria teve queda de 462 mil pessoas, recuo de 1,8%. Na comparação com igual período de 2021, são 227 mil trabalhadores por conta própria a menos, queda de 0,9%. Por conta dessa dinâmica, o nível recorde do contingente de empregados sem carteira no setor privado não aponta para piora na qualidade do mercado de trabalho. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.