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29/Nov/2022

Adidos agrícolas: promoção do Brasil no exterior

Os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e das Relações Exteriores (MRE) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) realizam nesta semana o 4º Encontro dos Adidos Agrícolas Brasileiros. O objetivo do evento é reunir os adidos para discutir temas técnicos relacionados a barreiras ao comércio, acesso a mercados, promoção comercial, sustentabilidade e imagem, ameaças e oportunidades para o agronegócio. Eles também vão interagir com as secretarias do Mapa e com o setor privado, através de aproximadamente 300 atendimentos a cerca de 30 entidades setoriais, que tiveram interesse em se inscrever para falar com os adidos. Os profissionais atuam diretamente na abertura de mercados e na promoção de produtos do agro brasileiro no exterior.

Nesta segunda-feira (28/11), na abertura do evento, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, destacou a importância do trabalho dos adidos para a abertura de mercados do agronegócio brasileiro. Desde 2019, foram abertos 235 novos mercados para os produtos brasileiros, sendo 49 somente no ano de 2022. Segundo o ministro, os principais desafios dos adidos agrícolas nos próximos anos será a segurança alimentar e a questão da imagem do Brasil no exterior. Não adianta produzir cada vez mais, batendo recordes, se nossa a imagem do País no exterior estiver deturpada em função de alguns países que não querem ver o Brasil competitivo. Na semana passada, um grupo de 32 adidos agrícolas brasileiros que já atuam ou vão atuar fora do País visitaram o Porto de Santos (SP), o aeroporto de Guarulhos (SP), a Embrapa e empresas com exemplos de sistemas sustentáveis de produção em Lins (SP).

Os adidos tiveram a oportunidade de ver o funcionamento de um terminal graneleiro e de um terminal de contêineres, acompanhando explicações das empresas responsáveis sobre os investimentos feitos no porto e o volume de carga operado no local. Também visitaram dois laboratórios do Mapa: um que analisa produtos de origem animal e outro de origem vegetal. Os adidos receberam informações técnicas sobre importação e exportação, detalhamento sobre como a vigilância é feita no local, além de orientações sobre alguns cuidados que outros países devem ter ao enviar produtos para o Brasil. Na Embrapa Cerrados, houve palestras sobre a estratégia internacional da Embrapa, sobre trigo tropical e sobre integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Os adidos tiveram a oportunidade de conhecer a vitrine de ILPF instalada no centro de pesquisa. A ILPF é relevante para o mundo, especialmente para o mercado europeu, porque reduz a emissão de gases de efeito estufa.

Um dos maiores desafios no trabalho dos adidos é ampliar o acesso de determinados produtos ao mercado europeu. A legislação europeia é extremamente bem feita, bem elaborada, tem uma boa base científica, mas ao mesmo tempo é extremamente complexa. É uma legislação que garante a proteção aos países membros da União Europeia, mas cria eventuais embaraços aos chamados países terceiros (que não fazem parte do bloco). Em 2023, o Brasil abre um novo posto de adidância, desta vez em Angola, na África. A expectativa é ampliar a parceria comercial e colaborar com o desenvolvimento da agropecuária de Angola, com modernização da atividade e melhoria da segurança alimentar daquela população. O Brasil vende alguns produtos agrícolas ao país africano, além de equipamentos e material genético. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.