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25/Nov/2022

Ministério da Agricultura: Carlos Fávaro é nome forte

O comando do PSD intensificou nesta semana as articulações em prol do nome do senador Carlos Fávaro (PSD-MT) para o comando do Ministério da Agricultura. O movimento é liderado pelo presidente do partido, Gilberto Kassab. A interlocutores próximos, Kassab já teria confidenciado que, entre as duas pastas que almeja no novo governo, uma delas é a Agricultura. Nesta semana, Kassab teria voltado a externar seu desejo a lideranças petistas. O aval ao nome de Fávaro já foi dado por Kassab à presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, e ao coordenador técnico da equipe de transição, Aloizio Mercadante. Deputados do partido, como Antônio Brito, também apoiam a indicação de Fávaro. Há costura de movimentos, mas a palavra final é do Lula.

Um dos principais obstáculos para a escolha de Fávaro, apontado por lideranças petistas, a sua suplente a empresária Margareth Buzetti (PP-MT), começou a ser contornado nesta semana por Kassab. Ele se encontrou com a empresária na tentativa de troca de legenda, saída aventada pelo próprio PT para evitar o mal-estar. Kassab fez o convite oficial para ela entrar na legenda. Ela respondeu que está avaliando, mas estaria disposta a fazer o movimento. Caso seja importante para o setor, ela afirmou não ver problema em fazer algum movimento. A restrição do PT a Buzetti se deve ao fato de que ela é considerada "bolsonarista" pelos aliados de Lula e Alckmin, o que seria um entrave à necessidade do novo governo, de fortalecer sua base no Congresso.

Outro interlocutor não vê a permanência de Buzetti no PP como impeditivo para Fávaro. Ela é próxima da família Maggi. Nesse sentido, Blairo Maggi poderia atuar como um apaziguador junto a ela e Fávaro poderia voltar ao Senado em votações importantes, como fez a ex-ministra da Agricultura de Bolsonaro, Tereza Cristina. Atualmente, Fávaro é considerado o favorito para assumir a pasta da Agricultura em janeiro. Ele foi o coordenador de assuntos relacionados ao setor da campanha Lula/Alckmin, com interlocução direta com o então coordenador do programa de governo do PT, o ex-ministro Aloizio Mercadante. Foi responsável pela elaboração de um plano de governo voltado à agricultura para a campanha e intermediou encontros da chapa Lula/Alckmin com entidades do setor produtivo.

Também coordenou a campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Mato Grosso e renunciou à candidatura ao governo do Estado a pedido do PT. Foi um dos nomes que ajudaram a trazer o PSD para a base do governo. Possui também experiência no Executivo, já que foi vice-governador de Mato Grosso, de 2015 a 2018. Entidades do setor também costuram tratativas em prol do nome de Carlos Fávaro. O senador tem forte ligação com o agronegócio porque, além de ser produtor rural, foi presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). No Congresso, é atuante em pautas ligadas ao setor, apesar de não compor a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Atualmente, é relator do projeto de lei do novo marco da regularização fundiária, defendido pelo setor produtivo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.