25/Nov/2022

Ex-ministra da Agricultura do governo Dilma Roussef, a senadora Kátia Abreu (PP-TO) afirmou que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem interesse em se reunir com entidades do agronegócio ainda antes da posse. Praticamente todas as entidades contatadas aceitaram diálogo com o governo. Assim que possível, será providenciado o encontro do presidente com entidades que representam o setor, entre exportadores, agricultura familiar. A senadora informou que o grupo técnico está ouvindo as secretarias do Ministério da Agricultura, institucionalmente, e as estatais Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Também serão ouvidas entidades de classe, que estão à frente dos problemas, dos desafios e das demandas para futuro. O grupo técnico está bastante entusiasmado com o trabalho. O trabalho de transição vai prosperar e será importante ao novo ministro.

Ela acrescentou que o próximo ministro vai achar um caminho facilitado à frente, após o trabalho de transição feito pelos três ex-ministros que compõem o grupo técnico. Kátia Abreu afirmou que ainda não está definido se o Ministério da Agricultura será dividido em Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca, como sugerem lideranças petistas. Inclusive será recomendado, com quase consenso do GT, que a pesca continue na Agricultura. A pesca é uma atividade muito importante e será muito bem cuidada se continuar na Agricultura, como muitos representantes querem que continue. Quem irá decidir é o presidente e seu futuro ministro. O GT receberá nesta sexta-feira (25/11) na sede da transição os atuais secretários do Ministério da Agricultura no gabinete da transição. Serão ouvidos os secretários de Política Agrícola, Defesa Agropecuária e Relações Internacionais.

Eles devem dar uma visão do que precisa ser feito imediatamente ou nos primeiros 100 dias de governo. Na próxima semana, o grupo técnico receberá entidades do setor vegetal, animal, energia e florestal. A senadora afirmou que uma das preocupações hoje do grupo técnico é a demissão sumária de pesquisadores da Embrapa por idade. Na pesquisa, quanto mais experientes pesquisadores forem, mais banco de dados e informações detêm. É preciso reverter essa situação o mais rápido possível, defendeu. Segundo Kátia, outra preocupação é a liberação de recursos do Plano Safra 2022/2023 para custeio e especialmente comercialização e seguro rural. O grupo técnico da Agricultura da equipe de transição ainda não discutiu o projeto de lei que flexibiliza a aprovação de defensivos e rege sobre bioinsumos, o PL 1.459/2022. Tal questão será discutida em reunião nesta sexta-feira (25/11) para dar um posicionamento até terça-feira (29/11). Kátia disse também que pretende entregar o PL do licenciamento ambiental, do qual é relatora, antes do recesso parlamentar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.