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25/Nov/2022

Inflação dando sinais aceleração em novembro

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,53% em novembro, após ter subido 0,16% em outubro. Com o resultado anunciado nesta quinta-feira (24/11), o IPCA-15 acumulou um aumento de 5,35% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 6,17%. A alta de 0,53% de novembro fez a taxa acumulada em 12 meses descer ao menor nível desde abril de 2021. No mês de novembro de 2021, o IPCA-15 tinha subido 1,17%. A aceleração nos preços dos combustíveis fez as famílias brasileiras gastarem mais com transportes em novembro. O grupo Transportes passou de uma queda de 0,64% em outubro para uma alta de 0,49% em novembro. O grupo foi responsável por 0,10% para a formação da taxa de 0,53% registrada pelo IPCA-15 neste mês. Os preços dos combustíveis subiram 2,04%, após cinco meses consecutivos de quedas.

A gasolina, que tinha caído 5,92% em outubro, aumentou 1,67% em novembro, item de maior impacto individual no IPCA-15 do mês, 0,08%. Os preços do etanol subiram 6,16%, e os do óleo diesel, 0,12%. O gás veicular foi o único a apresentar queda entre os combustíveis pesquisados, -0,98%. As passagens aéreas caíram 9,48% em novembro, após uma alta de 28,17% em outubro. O item registrou o impacto negativo mais intenso na inflação deste mês, -0,08%. Houve quedas também nos transportes por aplicativo (-1,04%) e nos automóveis usados (-0,82%). Os gastos das famílias com alimentação e bebidas passaram de uma alta de 0,21% em outubro para uma elevação de 0,54% em novembro. O grupo Alimentação e bebidas deu uma contribuição de 0,12% para a taxa de 0,53% do IPCA-15 deste mês. A alimentação no domicílio subiu 0,60% em novembro.

As famílias pagaram mais pelo tomate (17,79%), cebola (13,79%), batata-inglesa (8,99%) e frutas (3,49%, contribuindo com 0,04 % na inflação do mês). Na direção oposta, o leite longa vida recuou 6,28%, após uma queda de 9,91% em outubro. No entanto, o produto ainda acumula uma alta de 33,57% no ano. A alimentação fora do domicílio subiu 0,40% em novembro. A refeição fora de casa aumentou 0,36%, e o lanche subiu 0,54%. Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma alta de 0,28% em outubro para uma elevação de 0,48% em novembro, uma contribuição positiva de 0,07$ para o IPCA-15 deste mês. A aceleração no grupo foi puxada pelas altas do aluguel residencial (0,83%) e da energia elétrica (0,44%). A taxa de água e esgoto subiu 0,55% em novembro. Oito dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram altas de preços em novembro.

O único grupo com estabilidade foi Comunicação (0,00%). Nos demais houve inflação: Transportes (0,49%, impacto de 0,10%), Artigos de residência (0,54%, impacto de 0,02%), Habitação (0,48%, impacto de 0,07%), Vestuário (1,48%, impacto de 0,07%), Educação (0,05%, impacto de 0,00%), Despesas pessoais (0,27%, impacto de 0,03%), Saúde e cuidados pessoais (0,91%, impacto de 0,12%) e Alimentação e bebidas (0,54%, impacto de 0,12%). Em Vestuário, todos os itens pesquisados tiveram aumento de preços, com exceção das joias e bijuterias (-0,04%). As principais pressões partiram das roupas femininas (1,93%, impacto de 0,03 ponto porcentual) e dos calçados e acessórios (1,44%, impacto de 0,02%). O resultado geral do IPCA-15 em novembro foi decorrente de altas de preços em todas as 11 regiões pesquisadas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.