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24/Nov/2022

Dólar em baixa acompanhando movimento externo

O dólar fechou em queda frente ao Real nesta quarta-feira (23/11), acompanhando o tombo da moeda norte-americana no exterior após a publicação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), embora as incertezas sobre como ficará o texto final da PEC da Transição tenham limitado as perdas. A moeda norte-americana teve queda de 0,17%, e fechou a R$ 5,37, depois de trocar de sinal algumas vezes durante a sessão. O dólar oscilou entre R$ 5,34 (-0,65%) e R$ 5,41 (+0,62%) nesta quarta-feira (23/11). A ata da última reunião de política monetária do Fed mostrou que uma maioria substancial dos formuladores de política monetária concordou que provavelmente seria apropriado desacelerar o ritmo das altas das taxas de juros em breve.

O índice DXY (que compara o dólar a uma cesta de seis pares fortes) acelerou suas perdas na esteira da publicação da ata, e, recuou. Uma moderação no ritmo de alta de juros pelo Fed provavelmente abriria espaço para a valorização de moedas consideradas mais arriscadas, já que tornaria o diferencial de juros entre os Estados Unidos e outras economias menos favorável à maior economia do mundo. Segundo a StoneX, apesar da queda do dólar, permanece o ambiente de incerteza e cautela dos investidores por conta da falta de consenso a respeito do texto da PEC da Transição.

A PEC, que o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva, busca aprovar para permitir gastos extra-teto a partir do ano que vem deve ser mais uma vez adiada por falta de consenso sobre o prazo de exceção do programa Bolsa Família do teto de gastos, depois de mais uma reunião do Conselho Político da Transição. O governo eleito inicialmente propôs na PEC um gasto extra-teto de quase R$ 200 bilhões por tempo indeterminado, mas boa parte dos mercados espera que o texto possa ser enxugado nas negociações com o Congresso. O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do Orçamento de 2023, afirmou nesta quarta-feira (23/11) que a PEC da Transição precisará contemplar despesas de pelo menos R$ 100 bilhões fora do teto, sob o risco de as contas se ficarem inexequíveis.

Segundo o BNP Paribas, caso se consolide um cenário fiscal excessivamente agressivo em termos de gastos, o câmbio, que é a variável que está relativamente calma neste momento, vai piorar bastante. O câmbio é uma variável que preocupa por ter se movimentado pouco em meio aos crescentes riscos fiscais domésticos. Chama a atenção o forte estresse no mercado de juros futuros, onde as taxas dos principais DIs dispararam rapidamente diante das incertezas sobre a PEC da Transição, chegando a precificar novas altas de juros pelo Banco Central no ano que vem. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.