23/Nov/2022

O agronegócio deseja um nome de Mato Grosso para o comando do Ministério da Agricultura, segundo presidentes de dez das maiores entidades do setor produtivo. Mato Grosso é o maior Estado produtor de grãos, algodão e carnes. Um nome de outro Estado pode ter maior dificuldade de interlocução e capilaridade. Os nomes favoritos para assumir a pasta em janeiro são unânimes nas citações das lideranças. São citados o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), o deputado federal e ex-ministro da Agricultura Neri Geller (PP-MT) e o empresário e ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi.

Carlos Fávaro predomina nas menções. Ele possui interlocução com o agro, é de partido aliado ao governo e tem trânsito no Congresso. No quadro atual, é considerado o melhor nome. Lideranças de algumas entidades afirmaram, inclusive, que estariam dispostos a costurar movimento em prol do nome de Fávaro. Outra liderança vê com bons olhos o nome do ex-ministro e empresário do agro Blairo Maggi. Em caso de não ser o Fávaro, para não deixar cadeira no Senado, e Neri não resolver a questão judicial que o impede de assumir qualquer cargo público porque está inelegível, Blairo Maggi seria adequado, pois é respeitado no setor para esfriar os ânimos e pactuar a reconciliação.

Mesmo que Maggi afirme publicamente que quer continuar no setor privado, a sua empresa está bem encaminhada e ele estaria disposto a deixar a iniciativa privada e retomar a vida política. Quando questionadas sobre a possível escolha da ex-ministra e senadora Kátia Abreu (PP-TO), as lideranças disseram ver resistência do setor com eventual retorno dela ao Ministério da Agricultura. Ela é bem-vista pelo PT, mas não pelo setor. Ainda há uma mágoa mútua, mas parece que ela está acionando as entidades para aparar as arestas, refazer pontes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.