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23/Nov/2022

Empresas globais apoiam produtos de baixo carbono

Empresas globais combinam o poder de compra para ajudar a comercializar tecnologias de baixo carbono como parte dos esforços para cumprir os compromissos de emissão líquida zero. A First Movers Coalition foi responsável por um dos maiores planos de investimentos empresariais anunciados na conferência da ONU para o clima, a COP-27. As 65 empresas participantes do grupo prometem comprar, juntas, US$ 12 bilhões em novos produtos e serviços de baixo carbono até 2030, como forma de ajudar os fornecedores a desenvolver ofertas e aumentar a escala. O dinheiro mobilizado até agora é muito menos do que o setor privado precisa apresentar para fazer cumprir o Acordo de Paris, mas é destaque a colaboração do mundo corporativo para o enfrentamento do aquecimento global. Em maio, a Microsoft aderiu à coalizão e se comprometeu a investir US$ 200 milhões na remoção de carbono de longa duração.

A coalizão tem como alvo a remoção de dióxido de carbono, além de sete setores difíceis de descarbonizar: alumínio, aviação, produtos químicos, concreto, transporte marítimo, aço e caminhões, que juntos respondem por mais de 30% das emissões globais de gases de efeito estufa. As empresas participantes do grupo representam mais de US$ 8 trilhões em capitalização de mercado e incluem Alphabet, BHP Group, Ford Motor, Novelis, Trafigura e Volvo Group. Para que uma empresa ingresse no grupo, o CEO precisa enviar uma carta na qual reconhece que pode ser necessário pagar um prêmio pelas tecnologias de baixo carbono. É preciso mostrar que concorda com uma certa percentagem de um investimento fundamental para o negócio, que ainda não sabe se vai acontecer e quanto terá de pagar.

Assumidos os compromissos, empresas e fornecedores passam a se reunir regularmente para compartilhar informações e trabalhar juntos. As empresas compradoras também se reúnem trimestralmente com representantes do Fórum Econômico Mundial para acompanhar o progresso. A First Movers Coalition cresceu desde seu lançamento pelo Fórum Econômico Mundial e pelo governo dos Estados Unidos na cúpula do clima do ano passado em Glasgow. Atualmente, possui empresas inscritas em seis dos sete setores que escolheu como alvos, tendo como próximo objetivo a indústria de produtos químicos. O grupo planeja adicionar apenas um número suficiente de empresas influentes para estimular a demanda nos setores alvo. Este ano, por exemplo, a coalizão adicionou um programa para concreto e cimento verde, incluindo General Motors e RMZ entre as empresas que prometem comprar 10% desses materiais com emissão anual quase zero até o final da década.

Exemplos recentes da coalizão incluem a Volvo na produção de caminhões elétricos pesados com aço livre de combustíveis fósseis. A empresa realizará a primeira entrega de 20 caminhões para outra companhia integrante da coalizão, a Amazon.com, até o fim do ano. Outro exemplo é a empresa de embalagens e aeroespacial Ball Corp. Ela se uniu a Rio Tinto, Novelis e Anheuser-Busch InBev este ano para lançar uma lata piloto de alumínio para a cerveja Corona no Canadá. A lata é produzida com energia hidrelétrica, material reciclado e tecnologia de ânodo inerte que libera oxigênio em vez de dióxido de carbono. A coalizão ajuda a Ball a trabalhar com empresas em toda a cadeia de valor do alumínio, de fornecedores a clientes, como Novelis, Constellium e PepsiCo, para compartilhar dados e decidir onde cada método de baixo carbono pode ser acelerado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.