ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

22/Nov/2022

Focus: projeções para inflação e dólar são elevadas

INFLAÇÃO

Em meio às discussões do governo eleito sobre aumento de gastos em 2022 e que vêm trazendo receios ao mercado financeiro, a expectativa para a alta do IPCA (índice de inflação oficial) de 2023 voltou a subir após quatro meses. A projeção para este ano também continua subindo, enquanto a projeção para 2024 segue estável. A projeção para 2022 avançou de 5,82% para 5,88%, contra 5,60% há um mês. Há elevação na projeção para o IPCA de novembro, que passou de 0,41% para 0,48%. Há um mês, era de 0,41%. Para o IPCA de dezembro, a estimativa cedeu marginalmente, de 0,65% para 0,64%, contra 0,68% um mês antes.

Para janeiro de 2023, a previsão passou de 0,54% para 0,56%. Era de 0,54% há quatro semanas. A expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses saltou de 5,15% para 5,26%. Há um mês, estava em 5,13%. A previsão para 2023 subiu de 4,94% para 5,01% (o primeiro aumento desde a Focus divulgada no dia 15 de agosto). Para 2024, a previsão permanece em 3,50%. Há quatro semanas, as estimativas eram de 4,94% e 3,50%, nessa ordem.

A projeção para a inflação oficial em 2022 e 2023 estão acima do teto da meta referentes a esses horizontes (de 5,0% e 4,75%, nessa ordem), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central. Para 2024, a projeção do mercado está acima do alvo central de 3,00%, mas aquém do limite superior de 4,50%. Atualmente, o foco da política monetária está nos anos de 2023 e de 2024. Mas, o Banco Central tem dado ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente, atualmente o segundo trimestre de 2024. A previsão para 2025 permanece em 3,00%, percentual igual ao de 71 semanas atrás. A meta para o ano é de 3,00%, com intervalo de 1,5% a 4,5%.

PIB

Há nova alta no cenário de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, mas estabilidade na projeção para 2023. A estimativa para a alta do PIB em 2022 passou de 2,77% para 2,80%, contra 2,76% há um mês. A previsão para a expansão do PIB em 2023 continua em 0,70% ante 0,63% um mês antes. Para 2024, a projeção de crescimento do PIB passou de 1,80% para 1,70%. Para 2025, a previsão está mantida em 2,00%. Quatro semanas atrás, as taxas eram de 1,80% e 2,00%, nessa ordem.

JUROS

Refletindo os temores com a expansão fiscal planejada pelo governo eleito, o mercado financeiro passou a projetar uma taxa Selic terminal maior em 2023. A estimativa subiu de 11,25% para 11,50% ao ano após dez semanas de estabilidade. Para o fim deste ano, a previsão é de 13,75% (pela 22ª semana), com expectativa de nova manutenção na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de dezembro. O ciclo da Selic voltou à discussão devido aos planos de aumento de gastos do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se houver percepção de que o fiscal vai atrapalhar a convergência da inflação, o Banco Central vai reagir. A previsão para a Selic no fim de 2024 continua em 8,00%, mesmo percentual de um mês atrás. Para o fim de 2025, a projeção permanece em 8,00%, contra 7,75% de quatro semanas antes.

DÓLAR

Após 16 semanas sem mudanças, o cenário da moeda norte-americana em 2022 e 2023 voltou a subir, repercutindo a desvalorização do câmbio nos últimos dias e as incertezas fiscais. A estimativa para o câmbio este ano passou de R$ 5,20 para R$ 5,25, enquanto, para 2023, a variação foi de R$ 5,20 para R$ 5,24. Há um mês, as medianas eram ambas de R$ 5,20.

Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.