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22/Nov/2022

Intenção de Consumo das Famílias sobe neste mês

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os brasileiros ficaram mais propensos às compras com a proximidade da Copa do Mundo de Futebol, da Black Friday e do Natal. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,3% em novembro ante outubro, o décimo crescimento consecutivo na série com ajuste sazonal. O índice alcançou o patamar de 89,0 pontos, ainda na zona de insatisfação (abaixo dos 100 pontos), mas com crescimento de 21,3% em relação a novembro de 2021, a maior taxa da história do indicador. A inflação mais moderada nos últimos meses, a contínua geração de vagas de trabalho formal e as maiores transferências de renda na reta final de 2022 também explicam o novo aumento da intenção de consumir das famílias.

Na passagem de outubro para novembro houve melhora em cinco dos sete componentes do ICF: emprego atual (0,3%, para 115,3 pontos), renda atual (1,0%, para 103,8 pontos), nível de consumo atual (3,1%, para 73,8 pontos), perspectiva de consumo (2,9%, para 88,7 pontos) e momento para bens duráveis (4,9%, para 46,5 pontos). Na direção oposta, recuaram os componentes perspectiva profissional (-0,5%, para 106,3 pontos) e acesso ao crédito (-0,2%, para 88,5 pontos). A pesquisa de novembro tem um recorte especial sobre a perspectiva de compras voltadas à Copa do Mundo: 36% dos brasileiros pretendem comprar itens relacionados ao campeonato mundial de futebol, ante uma fatia de 24% registrada na Copa anterior, de 2018.

Os homens com até 35 anos e com renda mensal maior que dez salários-mínimos são os que apontaram maior intenção de compras neste período. O varejo deve movimentar R$ 1,4 bilhão durante a Copa, enquanto os bares e restaurantes devem ter um faturamento de R$ 864 milhões. O levantamento, que consultou consumidores em todas as capitais brasileiras, mostra que os brasileiros pretendem gastar, em média, R$ 211,21 entre os principais produtos associados ao campeonato. Os itens preferidos para as compras durante o período são roupas, alimentos e bebidas: 14,9% buscam vestuários temáticos para adultos e crianças, e 14,6% planejam consumir alimentos e bebidas em casa.

Apenas 3,8% dos consumidores consultados afirmaram que pretendem adquirir televisores. As estimativas mostraram que o segmento de móveis e eletrodomésticos, em que se incluem os televisores, deverá responder pela maior parte do faturamento do comércio em razão do evento (34% do total das vendas), mas os juros altos e o alto nível de endividamento com inadimplência crescente tendem a limitar o consumo desses itens mais dependentes do crédito e do parcelamento. Entre os que pretendem gastar na Copa, 71,3% buscarão os itens desejados em lojas físicas. Em 2018, as compras físicas eram preferência de 83,8% dos torcedores.

A intensificação das vendas pelos canais digitais e a facilidade de comparação de preços, porém, impulsionaram um crescimento na proporção de consumidores que pretendem comprar pela internet: 28,7%, ante apenas 16% na Copa passada. Houve redução no total de torcedores que planejam acompanhar as partidas em bares e restaurantes: 13,3% neste ano, ante uma fatia de 19% na Copa de 2018. Com os preços dos alimentos e bebidas fora de casa aproximadamente 16% mais elevados do que em 2018, a maioria dos consultados indicaram preferência por acompanhar as partidas de casa (67,9%), enquanto 18,9% não assistirão aos jogos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.