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21/Nov/2022

Desafios para o agronegócio brasileiro pós-eleição

Nos últimos 15 dias, tenho tido demanda de trazer meu olhar sobre os desafios que o agronegócio se depara no momento pós-eleição. Tenho procurado trazer, por meio de uma fala descomplicada e isenta de partido político, o meu olhar sobre possibilidade de cenários. Entendi que mesmo eu não querendo assumir bandeiras políticas precisei trazer em minhas falas comparativos que demonstram meu posicionamento. No entanto, quando se trabalha no agro há 25 anos, familiarizada com fundamentos econômicos há pelo menos três décadas, viajando o Brasil real de Norte a Sul, não se permitindo estar ad aeternum sentada em uma cadeira aceitando passivamente informações formatadas, as informações que transmito precisam ser fielmente coerentes.

Entre cenários e possibilidades fica clara a crescente intranquilidade de investidores que estão no Brasil. Falas como “Não adianta falar em responsabilidade fiscal sem pensar no social”; “Vai aumentar o dólar, cair a Bolsa? Paciência”; “Receberemos o País que está PIOR que em 2003”, entre outras, estão ecoando na comunidade financeira internacional e fazendo o risco-país e o dólar subirem, enquanto a bolsa derrete. Com isso, a saúde dos negócios vai mal e, como em efeito dominó, inclusive a do agronegócio. Quando se fala em compromisso fiscal é preciso considerar que isso causa impacto direto no sistema e, entre outros, nas empresas que contratam, geram emprego, pagam tributos, investem e fomentam dignidade às famílias, proporcionando sustentabilidade social e econômica, a mesma sustentabilidade pauta ESG que se discute tão veementemente em fóruns mundiais.

Estourar teto orçamentário, taxar produtos, aumentar a carga tributária de pessoas físicas, escolher ministérios e equipe sem base técnica, enfraquecer setores por questões políticas e se posicionar com falas desconexas afetará o macro. O agronegócio, que tem sido fundamental para a saúde financeira do Brasil, assume um compromisso ainda maior neste momento. Em um mar de incerteza, o agro não para. Segue com máquinas em campo, com a melhor tecnologia e excelência que se programou. E da mesma forma seguem empresas que fomentam com insumos, serviços e Inteligência as inúmeras cadeias deste setor gigante, responsável por 27% do PIB brasileiro. Fonte: Andrea Cordeiro. Broadcast Agro.