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18/Nov/2022

Europa: estoques de grãos ajudarão a baixar preços

Segundo a Strategie Grains, o aumento dos estoques na Europa provavelmente ajudará a baixar os preços dos grãos nos próximos meses, graças às importações de milho ucraniano e brasileiro e às altas exportações de trigo da Rússia. O aumento nos estoques domésticos pode permitir que os preços do trigo, milho e cevada caiam em 2022/2023 no continente europeu, apesar das preocupações com a produção de milho. Para o trigo, a previsão nos estoques de 2022/2023 provavelmente é de 12,6 milhões de toneladas, aumento de 1,5 milhão de toneladas em relação ao que era esperado para o período. No caso do milho, a expectativa é de um estoque de 6,4 milhões de toneladas, apesar da produção da safra na Europa, que deve atingir o menor nível em 15 anos, em pouco mais de 50 milhões de toneladas.

O estoque de cevada provavelmente ficará em 5,6 milhões de toneladas, em comparação com 5,3 milhões de toneladas em 2021/2022. A Strategie Grains alertou que grande parte de sua previsão dependia da renovação do acordo do corredor de grãos do Mar Negro. As exportações russas de trigo, em particular, seriam cruciais, dada a safra abundante, bem como as importações de milho ucraniano para cobrir o déficit deixado pelas ondas de calor deste verão na França. Se a Rússia exportasse menos trigo e cevada do que o projetado atualmente (quase 44 milhões de toneladas e 5,3 milhões de toneladas, respectivamente), parte da demanda não atendida poderia mudar para as origens da União Europeia.

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que a iniciativa do corredor de grãos da Ucrânia havia sido estendida, permitindo que os preços do trigo caíssem mais de 2%, para menos de US$ 8,00 por bushel. A demanda por ração animal também deve cair 6% para o trigo e 8% para o milho na União Europeia, com a demanda por carne sofrendo queda em meio aos altos preços e à piora das perspectivas econômicas na região. A expectativa é de que a demanda geral de milho caia para 73,3 milhões de toneladas, de 81,5 milhões de toneladas em 2021/2022, com o trigo caindo para 98,5 milhões de toneladas, ante 101,8 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.