14/Nov/2022

Segundo o IRB Brasil, o seguro agrícola, após causar o maior prejuízo da história para o setor, por conta da seca que quebrou safras importantes no inverno de 2021 e verão de 2022, está com preços mais caros, com ajustes que chegam a 30%, e redução importante das coberturas. Com o término da colheita dos cultivos de inverno, será possível saber o resultado final dessa safra para o mercado de seguros. As safras do inverno de 2021 e verão de 2022 foram marcados por eventos catastróficos, por conta de fatores climáticos que quebraram colheitas importantes e geraram a maior perda da história para o setor de seguros agrícolas do Brasil. Estes eventos influenciaram diretamente a dinâmica do mercado.

Nesse ambiente, havia demanda por cobertura de seguro e resseguro, mas não havia disposição das seguradoras e resseguradoras em oferecer apólices, o chamado ‘hard market’. Houve dois efeitos: redução drástica da capacidade de seguro e resseguro; forte ajuste nas taxas e redução das coberturas. Como exemplo das mudanças, pode-se citar a 2ª safra de milho, que já teve redução de mais de 15% na capacidade de cobertura oferecida ao mercado, enquanto a demanda foi crescente. Essa pressão de demanda ajudou na implementação de medidas efetivas de ajustes nas condições praticadas pelo mercado. As taxas médias aplicadas pelo milho 2ª safra, por exemplo, foram ajustadas em cerca de 30%.

O clima mais comportado foi outro fator que contribuiu positivamente para um desempenho melhor do seguro rural depois das perdas, apresentando condições mais favoráveis. Com essa combinação de fatores, a perspectiva é de resultados positivos a safra de inverno de 2023. Para safra verão (1ª safra 2022/2023), que representa a maior parte da exposição dos contratos que foram o epicentro das perdas históricas de 2021 e 2022, o IRB está na fase final de comercialização dos seguros. A alta das taxas e as restrições de coberturas continuam na mesma tendência para este ciclo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.