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10/Nov/2022

Dólar fecha em alta com aversão externa ao risco

Nesta quarta-feira (09/11), após um início de tarde volátil, em que chegou a operar pontualmente em queda e registrou mínima a R$ 5,13, o dólar se firmou em terreno positivo nas duas últimas horas de negócios, em meio a uma onda de aversão ao risco no exterior. À espera da divulgação, nesta quinta-feira (09/11), do índice de inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos em outubro e de olho nas eleições parlamentares de meio de mandato nos Estados Unidos, investidores abandonaram as bolsas e buscaram refúgio na moeda norte-americana. Termômetro do comportamento do dólar frente a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY renovou máxima, superando 110,600 pontos, na esteira da frustração com a expectativa de uma vitória expressiva do Partido Republicano nas eleições. No Brasil, o dólar, que operava ao redor de R$ 5,15, foi galgando degraus até chegar ao patamar de R$ 5,18, aproximando-se da máxima de R$ 5,19. No fim da sessão, a divisa era cotada a R$ 5,18, em alta de 0,74%.

Com isso, a moeda passa a acumular valorização de 2,37% nos três primeiros pregões desta semana. Segundo a Nexgen Capital, o dólar estava praticamente no zero a zero, mas houve uma piora significativa das Bolsas em Nova York, trazendo um sentimento de aversão ao risco no fim da tarde que enfraqueceu o Real. O mercado está na defensiva com a expectativa de que o CPI nos Estados Unidos possa vir forte. Operadores ressaltam que a liquidez foi reduzida. A falta da disposição para montagem de posições estaria ligada à cautela diante das expectativas em torno magnitude dos gastos extrateto na PEC da Transição e dos nomes que vão compor e equipe econômica no futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente eleito fez um périplo nesta quarta-feira (09/11) por Brasília para se encontrar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber.

Após encontro com Lula, Pacheco disse ter reafirmado que o Congresso vai trabalhar para garantir recursos para manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600,00, aumento real do salário-mínimo e programas sociais para pessoas de baixa renda. O senador Omar Aziz (PSD-AM), que esteve no encontro entre Pacheco e Lula, afirmou que os valores da PEC da Transição giram entre R$ 170 bilhões e R$ 175 bilhões, se não houver emenda. A Nexgen Capital observa que o mercado trabalha em compasso de espera pelo detalhamento da PEC da Transição e de sinais sobre a futura equipe ministerial. O quadro é binário. Nomes mais técnicos para o time da economia e comedimento no pedido de 'waiver' na PEC de Transição (sinais fortes de comprometimento com responsabilidade fiscal) abririam espaço para uma queda mais forte do dólar, rumo ao piso de R$ 5,00. De outro lado, nomes políticos para a equipe econômica e gastos extrateto elevados e prejudicais à trajetória da dívida pública devem levar a uma depreciação do Real. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.