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10/Nov/2022

Crédito de Carbono: método para o cálculo é caro

De acordo com a Produzindo Certo, plataforma que certifica propriedades agrícolas em conformidade socioambiental, um dos desafios para viabilização do mercado de carbono na agricultura é o custo elevado das metodologias para aferição do balanço de carbono e, consequente, cálculo do crédito. Hoje no Brasil a agricultura é cada vez menos emissora de carbono por quilo de produto produzido. O problema é o custo para calcular o crédito de carbono. O investimento é muito grande das empresas em sensores para que o custo de transação diminua. Um projeto de crédito de carbono em Mato Grosso, acompanhado pela Produzindo Certo, em que somente a coleta da linha de base custará seis vezes mais o valor do crédito. O custo para cálculo de crédito de carbono pode ser reduzido caso o País enfrente o desmatamento ilegal.

O desmatamento pesa muito na cesta de produtos do que é produzido. A pegada da soja brasileiro por causa do desmatamento está em 600 Kg de CO² equivalente por tonelada produzida. Se tirasse o desmatamento, isso caria pela metade. Algumas empresas têm desenvolvido metodologias próprias para crédito de carbono. Há espaço grande para produtor brasileiro participar. Foi lançado um giro de investidores e eles pretendem não deixar passar a contribuição da agricultura de 1,5°C na temperatura global nos tempos pré-industriais e colocam o produtor no centro. A maioria das empresas está inclinada a estabelecer uma data de corte para restringir desmatamento em sua cadeia, mas, para isso, as companhias precisam conhecer a pegada de carbono do seu fornecedor.

Isso pode servir como uma barganha do produtor porque a indústria assumiu o compromisso com seus investidores. Existe uma expectativa de que esse mercado privado valorize uma produção de baixo carbono no Brasil. A Yara no Brasil avaliou que o caminho é a cadeia trabalhar o compromisso da redução de carbono de forma integrada. A Yara começou esse caminho em 2005 e desde então baixou 45% das emissões. Para 2030, baixará outros 30% e em 2050 será carbono neutro. Há necessidade de um marco regulatório para o mercado de carbono. Tem que ser forte para incentivar de maneira que venha essa produção de grãos com baixas emissões. E a combinação do setor público e privado com a cadeia de produção para encontrar as oportunidades e poder reduzir. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.