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02/Nov/2022

COP-27: presidente Lula é convidado a participar

A vitória de Lula aumenta o foco sobre a participação do Brasil na Conferência do Clima, a COP-27, que ocorre no Egito a partir da próxima semana. Convidado a comparecer, o presidente eleito não confirmou se irá ao evento da Organização das Nações Unidas (ONU), mas discute a possibilidade internamente. Cotada para assumir novamente a pasta do Meio Ambiente, a ex-ministra Marina Silva (Rede), afirmou que Lula enviaria ampla representação, mesmo que não seja uma delegação oficial. Eleita deputada federal, ela vai à Conferência.

Com o agravamento da crise climática, o Brasil tem sido alvo de pressão internacional para evitar o desmatamento da Amazônia, uma das fontes de emissões de gases de efeito estufa. A falta de ação do governo Jair Bolsonaro nessa área contribuiu para o isolamento do País no cenário global. É esperado que o pavilhão oficial do governo brasileiro, ainda sob a gestão Jair Bolsonaro, fique esvaziado. Em frente a ele, o espaço reservado ao Brazil Climate Action Hub, da sociedade civil, deve atrair as atenções. Também haverá um pavilhão dos governadores da Região Amazônica.

O convite para que Lula participe partiu do governador reeleito do Pará, Helder Barbalho (MDB). Lula tem interesse em estar presente no encontro de líderes. Seria uma possibilidade para encontrar Joe Biden, por exemplo. A equipe de Lula se debruça também sobre a viabilidade política de comparecer a um evento do porte da COP-27, que atrairá as atenções do mundo, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda está no cargo. Segundo o governador do Pará, Lula sinalizou o desejo de comparecer ao evento e instruiu auxiliares a negociar as datas.

A ideia é que o presidente eleito vá ao Egito entre 14 e 18 de novembro, ou seja, na reta final da COP-27. Em meio a especulações dos nomes que irão compor a comitiva do futuro governo devem estar, além da própria ex-ministra, que já havia confirmado presença antes mesmo do 2º turno, membros do núcleo da campanha como Simone Tebet (MDB) e o deputado Nilto Tatto (PT). Outro nome especulado é do ex-chanceler Celso Amorim. Marina Silva tem evitado falar na composição do governo Lula, mas seu nome é visto com naturalidade para ocupar a pasta que já comandou e de onde conseguiu derrubar as taxas de desmate na Amazônia para seus menores patamares.

Ela, que vê o processo de reconstrução da política ambiental brasileira como um trabalho que exigirá “esforço de pós-guerra”, afirmou, poucos dias antes do 2º turno que a participação de Simone Tebet no governo deve ser internalizada como parte da política transversal proposta por Lula para o setor, em que os temas ambientais e climáticos estejam presente em todas os ministérios. Não há como enfrentar o desmatamento e as questões do clima sem essa visão transversal, conclui Marina. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.