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28/Out/2022

Futuro da Amazônia dependerá de inclusão política

A preservação da Amazônia passa por uma revisão dos modelos de governança, da maneira como lidar com a segurança e pela inclusão política das populações da região. Esses são alguns dos pontos defendidos no documento 100 primeiros dias de governo: propostas para uma agenda integrada das Amazônias. As propostas trazem ações concretas a serem tomadas nos cem primeiros dias de gestão dos Executivos federal e estadual, além do Congresso. As questões levantadas pelo documento são uma iniciativa da rede ‘Uma Concertação Pela Amazônia’ e foram anunciadas durante o Fórum Estadão Think: Amazônia é a Solução. Especialistas, políticos e líderes da região participaram do evento com o intuito de trazer propostas para a Amazônia, com foco na preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e inclusão política. Segundo o Instituto Arapyaú, a “bola” para construção desse modelo de desenvolvimento sustentável para o Hemisfério Sul, para todos os países com alto capital natural, está com o Brasil.

Os debatedores defenderam a importância da utilização de dados e da compreensão das especificidades da região para a adoção de programas que tragam melhorias nos setores de educação, saúde e segurança. O mundo ainda olha o Brasil por satélites e não enxergar as vidas dos indígenas, afirmou a líder indígena witoto, Vanda Witoto. Segundo o Instituto de Estudos Amazônicos, é preciso encontrar soluções comuns. É importante o papel das populações locais e, em especial, da juventude no desenvolvimento da região. De modo geral, o governo federal sempre teve atuação tímida na Amazônia. Projetos de outras regiões do País não dialogam com as características específicas dos Estados da Amazônia Legal. Para a ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge, o desenvolvimento e o combate ao crime na Região Amazônica passam pela priorização de políticas públicas ligadas aos direitos civis.

O que se passa na Amazônia hoje é uma reprodução de muitos dos males que ocorrem desde o início da República. Há necessidade de prover recursos para as populações daqueles Estados se desenvolverem de maneira sustentável. A ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira afirmou que as propostas para desenvolvimento da região devem levar em conta a importância das questões climáticas com diferentes temas políticos e econômicos e a necessidade de implementação de políticas de longo prazo. No dia 7 de novembro, o Concertação pela Amazônia irá promover um encontro para colher comentários sobre o documento, que será lançado internacionalmente na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27), que ocorre no Egito no mesmo mês. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.