ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

27/Out/2022

Câmbio e as crises globais de alimentos e energia

De acordo com análise do mais recente relatório ‘Perspectiva do Mercado de Commodities’ do Banco Mundial, é destaque o fato de que a desvalorização nas moedas da maioria dos países em desenvolvimento leva os preços de alimentos e combustíveis para cima, o que poderia provocar crises nessas duas frentes já enfrentadas por muitos deles. Em termos de dólares, os preços da maioria das commodities caíram de seus picos recentes, em meio a temores de uma recessão global.

Desde a invasão da Rússia na Ucrânia, em fevereiro de 2022, até o fim do mês passado, o preço do petróleo Brent em dólares recuou quase 6%. Ainda assim, graças a desvalorizações cambiais, quase 60% dos emergentes que importam o óleo viram um aumento nos preços domésticos do produto nesse intervalo. Quase 90% dessas economias também viram um crescimento maior nos preços do trigo, em moeda local, na comparação com o avanço visto em dólares. Os preços elevados em energia que servem como insumos para a produção agrícola têm puxado para cima os valores dos alimentos. Os preços de muitas commodities recuaram em comparação a picos recentes, mas ainda estão altos na comparação com o nível médio de seus últimos cinco anos.

Uma série de políticas é necessária para apoiar a oferta, facilitar a distribuição e apoiar a renda real. Os preços agrícolas devem recuar 5% no próximo ano. A perspectiva para os preços das commodities está sujeita a muitos riscos, com preocupações sobre a oferta de energia, sobretudo na Europa. Temores com uma possível recessão global em 2023 já têm contribuído para um forte declínio dos preços de cobre e alumínio. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.