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25/Out/2022

Brasil: exportação de tecnologia perdendo espaço

De acordo com um mapeamento realizado pela Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), os setores mais tecnológicos perderam espaço na fatia de comércio realizado pelo Brasil com outros países ao longo dos últimos anos. De 2018 a 2021, a participação da indústria de média-alta tecnologia nas exportações brasileiras recuou de 15,8% para 11,9%, e a do setor de alta tecnologia diminuiu de 4,7% para 2,2%. O resultado chama a atenção e torna, mais uma vez, oportunas as discussões sobre pontos importantes, como a internacionalização das pequenas e médias empresas e os financiamentos pré e pós-embarque e de seguro e garantias. Com uma fábrica em São Bernardo do Campo (SP), a Toledo do Brasil importa cerca de 40% da matéria-prima utilizada para produzir balanças, mas as exportações representam apenas 2% do faturamento da empresa. A Toledo gostaria de exportar mais. Mas, não foi possível aumentar a exportação além do nível de US$ 2 milhões ao ano por causa dos custos altos, como o de mão de obra.

Atualmente, a empresa exporta para a América do Sul e a Central. No futuro, se conseguir ampliar as suas vendas externas, planeja seguir com foco de atuação nos países sul-americanos. A desorganização nas cadeias de suprimentos provocada pela pandemia de coronavírus fez com que os preços de itens importados pela empresa subissem de duas a três vezes em relação ao valor observado antes da crise sanitária. Para evitar problemas de abastecimento, a Toledo passou a investir R$ 30 milhões por ano em engenharia de desenvolvimento para ter soluções que custem menos. Em todo o setor de eletroeletrônicos, o déficit comercial cresceu 9% entre janeiro e setembro e chegou a US$ 27,5 bilhões. No acumulado do ano passado, o rombo foi de US$ 34,4 bilhões. A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) afirmou que o Brasil tem uma dependência de alguns insumos importados que tiram uma possibilidade estratégica de ser fornecedor ao exterior.

O setor poderia ter um resultado pior não fosse o câmbio desvalorizado (as vendas para o exterior cresceram 18% neste ano). Houve um crescimento das exportações, e isso vem sendo mantido por uma taxa de câmbio num nível viável para exportações, considerando os custos no Brasil. Na indústria química, as exportações também aumentaram. Elas registraram alta de 33% e chegaram a US$ 13,5 bilhões nos primeiros nove meses do ano, mas as importações tiveram um salto maior. Subiram 47,5% e somaram US$ 62,5 bilhões. O déficit acumulado, portanto, é de US$ 49 bilhões, acima do apurado no mesmo período de 2021 (US$ 46,3 bilhões). Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o setor químico vai ter um déficit acima de US$ 65 bilhões de dólares em 2022. Esse resultado se dá por questões do setor químico, que são naturais dele, por questões da macroeconômica do País, e por aspectos conjunturais. É uma tempestade perfeita que leva a esse déficit. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.