ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

21/Out/2022

Dólar cai com empate técnico em pesquisa eleitoral

Após romper o piso de R$ 5,20, o dólar reduziu o ritmo de baixa no mercado doméstico e encerrou a sessão desta quinta-feira (20/10) cotado a R$ 5,21, em queda de 1,08%. A diminuição dos ganhos do Real veio na esteira da piora dos mercados acionários em Nova York e da moderação das perdas da moeda norte-americana no exterior após fala dura de dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). Mesmo sem conseguir se firmar abaixo de R$ 5,20, o Real apresentou não apenas o melhor desempenho entre divisas emergentes como liderou os ganhos em relação ao dólar considerando as moedas mais relevantes do mundo. Operadores identificaram entrada de capital estrangeiro e desmonte de posições defensivas no mercado futuro após pesquisas eleitorais mostrarem, em sua maioria, quadro de empate técnico entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida pelo Palácio do Planalto.

O Ibovespa se manteve em alta mesmo com sinal negativo das bolsas em Nova York, com as estatais Petrobras e Banco do Brasil brilhando. Dados da B3 mostram que os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 1,412 bilhão na bolsa doméstica no pregão da última terça-feira (18/10), justamente no dia em que circularam as primeiras pesquisas revelando estreitamento da diferença entre Lula e Bolsonaro. Para a Alphatree Capital, a reação do mercado às pesquisas é similar à observada após o resultado do primeiro turno das eleições, quando houve formação de um congresso mais conservador e a avaliação de que Lula, se eleito, teria menos espaço para a adoção de medidas heterodoxas. O mercado tem uma preferência por Bolsonaro, que representa continuidade com Paulo Guedes como ministro da Economia. Já a eleição de Lula traz incertezas para a política econômica. Contudo, o ambiente é desastroso para o Brasil seja qual for o vencedor do pleito presidencial.

Os maiores riscos vêm do exterior, com a alta de juros nos Estados Unidos e a crise energética na Europa. Os ativos brasileiros e o Real devem ter um desempenho melhor do que os demais emergentes daqui para frente, dado o crescimento local que vem surpreendendo para cima e a taxa de juros em nível bastante elevado, o que aumenta muito o custo de carregamento de posições em dólar. Após forte baixa, o índice DXY (que mede o comportamento da moeda americana frente a seis divisas fortes) rondava a estabilidade no fim do dia, com o dólar zerando as perdas frente ao euro e passando a apresentar leve alta em relação a libra, além de sustentar o avanço ante o iene. Fala dura de dirigente do Federal Reserve e avanço firme das taxas dos Treasuries, que renovaram máximas, realimentaram a busca pela moeda norte-americana e anularam os ganhos da libra, na esteira da renúncia da primeira-ministra do Reino Unido Liz Truss, criticada por seus planos na área fiscal. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.