20/Out/2022

O ministro da Agricultura, Marcos Montes, rebateu alertas feitos pelo ex-governador de São Paulo e candidato a vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin, e pela ex-ministra e senadora Kátia Abreu (PP-TO) sobre riscos ao agronegócio brasileiro caso a legislação europeia que proíbe a importação de produtos agrícolas oriundos de áreas de desmatamento entre em vigor. Para ele, são falsos alertas sobre os riscos para agricultura de uma nova lei europeia supostamente para combater o desmatamento, mas se enganam aqueles que acham que as ações europeias têm como foco a questão ambiental. Se fosse assim, ao invés de levantar barreiras para a produção de alimentos em outros países, estariam trabalhando para reduzir consumo de combustível fóssil.

Sem citar nominalmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Montes afirmou que o verdadeiro risco para o Brasil é o retorno do atraso. Por isso, não faz sentido dar credibilidade a narrativas distorcidas. Montes se refere à legislação recente aprovada pelo Parlamento Europeu que proíbe a importação de produtos agrícolas ligados ao desmatamento, seja ilegal ou legal. A lei ainda deve ser ratificada pelos 27 países membros do bloco e tende a entrar em vigor em 2024. Na avaliação do ministro, a lei discutida na União Europeia é uma medida protecionista que busca minar a competitividade de países como o Brasil, que preservam sua vegetação nativa, inclusive dentro da propriedade rural. Segundo o ministro, a agricultura brasileira é sustentável e respeita o meio ambiente. Exporta produtos para quase 200 países, o que reflete a qualidade, sanidade e credibilidade da produção nacional.

Para o ministro, isso não precisa ser explicado aos produtores rurais e àqueles que conhecem bem o setor. Ele afirma que o governo tem um trabalho a fazer com relação ao desmatamento ilegal, buscando soluções para coibir essa prática. Tanto Alckmin quanto Kátia Abreu publicaram recentemente no Twittervídeos "alertando" aos produtores brasileiros sobre o impacto da nova lei europeia e afirmando que somente a eleição de Lula pode reverter essa situação. Alckmin acusou o presidente Bolsonaro de responsabilidade por dar motivos para medidas de natureza protecionista que podem prejudicar as exportações do agro brasileiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.