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19/Out/2022

COP-27: posições do setor agropecuário brasileiro

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou ao governo, nesta terça-feira (18/10), o posicionamento do setor agropecuário do País para a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27). A CNA estará presente na COP-27 que será realizada de 6 a 18 de novembro, no Egito, e reunirá líderes de todas as nações para debater sobre o clima. Foram formuladas propostas a seguir como forma de contribuir com as negociações e expressar a posição da agropecuária brasileira. No documento, foram listados cinco temas centrais que deverão ser apresentados na COP-27. São eles: uma nova meta quantificada de financiamento climático; mecanismos focados em adaptação; adoção do plano de ação para a agricultura, resultado das negociações de Koronívia; operacionalização dos mecanismos de mercado de carbono e recomendações de ordem geral aos negociadores brasileiros.

Este posicionamento visa subsidiar o entendimento e a posição do setor agropecuário, que é parte integrante da delegação brasileira frente às negociações da COP-27. O agro brasileiro já tem um papel importante na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) consolidada pelo País durante a COP-26. No último ano, o Brasil concordou em reduzir sua emissão de gases de efeito estufa em 37% até 2025 e 50% até 2030, em relação ao emitido em 2005, e alcançar a neutralidade climática até 2050, zerar o desmatamento ilegal até 2028, restaurar e reflorestar 18 milhões de hectares de florestas para uso múltiplo até 2030 e aumentar a participação estimada entre 45% e 50% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030.

Para que o Brasil alcance tais índices, será preciso detalhar sua estratégia para chegar às metas propostas, imputando ações individualizadas nos sistemas produtivos que, somados, compõem as NDCs. A entidade lembrou, ainda, que o financiamento climático é um dos pilares da COP e do Acordo de Paris, principalmente quando se considera o seu papel para fomentar a implementação das ações de mitigação e adaptação pelos países em desenvolvimento. As discussões sobre financiamento na COP-26 evidenciaram que a meta de US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020 está longe de ser alcançada, o que prejudica, sobremaneira, a implementação do Acordo de Paris. O Brasil pode e deve receber recursos de financiamento climático para apoiar a conservação de vegetação nativa e a implementação de projetos de restauração florestal. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.