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14/Out/2022

Dólar encerra praticamente estável após oscilações

Em meio à troca constante de sinais e oscilação de mais de R$ 0,15 ao longo do dia, o dólar encerrou a sessão desta quinta-feira (13/10) cotado a R$ 5,27, praticamente estável (+0,02%). A oscilação do dólar no Brasil esteve muito ligada ao comportamento da norte-moeda americana no exterior, em dia marcado pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos em setembro. A leitura do CPI revelou um quadro inflacionário persistente. Tanto o índice cheio (+0,4%) quanto o núcleo (+0,6%) em setembro vieram acima do esperado, realimentando a expectativa de postura mais agressiva do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Além de confirmar a possibilidade de elevação de 75 pontos-base da taxa básica em novembro, o CPI alimentou apostas em nova alta de igual magnitude em dezembro. Na leitura anual, o índice subiu 8,2% (previsão de 8,1%), ao passo que o núcleo avançou 6,6% (projeção de 6,5%).

Segundo a RPS Capital, foi a pior leitura de inflação nos Estados Unidos nos últimos 40 anos e impactou fortemente os ativos, já que o mercado esperava um dado um pouco melhor. Isso aumentou a probabilidade de o Fed subir mais os juros. Os mercados já estão precificando taxa de juros nos Estados Unidos em 5%. A reação imediata foi de fuga do risco, o que levou a um tombo das bolsas em Nova York e a uma corrida à moeda norte-americana. Referência do comportamento do dólar frente a seis divisas fortes, o índice DXY chegou a se aproximar dos 114,000 pontos, ao registrar máxima aos 113,920 pontos. No Brasil, o dólar disparou e chegou a subir mais de 2% na máxima, a R$ 5,38 (+2,07%), nas primeiras horas de negociação. A febre compradora arrefeceu, com a moeda norte-americana perdendo força em relação a pares fortes, em especial o euro e libra. Circularam informações de que a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, que acenava com corte de tributos e ampliação de gastos, estaria considerando agora aumento de imposto para empresas.

Com o índice DXY recuando para a faixa dos 112,300 pontos e as bolsas em Nova York com ganhos superiores a 2%, o dólar perdeu força no mercado doméstico e não apenas virou para o terreno negativo como tocou mínima a R$ 5,23 (-0,73%). Para o C6 Bank, uma possível explicação para a melhora do desempenho dos ativos de risco após a reação negativa com o CPI nos Estados Unidos pode ter sido o fato de o mercado ter se posicionado de forma muito negativa à espera do indicador. Além disso, notícias veiculadas nas mídias da Inglaterra indicam que o governo britânico vai dar mais um passo atrás no pacote bilionário de corte de impostos. O Banco Central do Brasil informou que, após encerrar setembro com saídas líquidas de US$ 3,850 bilhões, o fluxo cambial é negativo em US$ 184 milhões em outubro (até o dia 7), em razão de saída de US$ 1,083 bilhão via comércio exterior. O canal financeiro apresentou entradas líquidas de US$ 899 milhões no período, confirmando a percepção de operadores de volta do apetite do capital externo por ativos domésticos após o primeiro turno das eleições. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.