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11/Out/2022

FMI e Banco Mundial: ajudas a países mais pobres

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial reforçaram o coro quanto à necessidade de a comunidade global unir esforços para ajudar os mercados emergentes e países em desenvolvimento diante das várias crises atuais, da financeira à climática. Ambos os organismos veem um maior risco de recessão diante do aumento dos juros para controlar a escalada da inflação, e atentam, sobretudo, para o impacto nas economias mais pobres, que sofrem com o aumento da pobreza, da fome e da desnutrição. A inflação ainda é um grande problema para todos, mas, especialmente, para os pobres. Há em curso uma "crise voltada para o desenvolvimento". As economias avançadas estão tomando muito do capital mundial, que vem na forma de déficits fiscais, principalmente de grandes corporações, e os próprios bancos centrais, comprando títulos de países desenvolvidos, o que coloca pressão no desenvolvimento do lado macro. Um dos principais desejos é ver mais recursos fluindo para o mundo em desenvolvimento. O FMI reforçou o maior risco de recessão no mundo.

Cálculos indicam que ao menos um terço vá enfrentar pelo menos dois trimestres seguidos de contração econômica entre este e o próximo ano. Assim, o FMI espera que US$ 4 trilhões em produtividade seja perdida até 2026. Este é o tamanho do PIB da Alemanha. O mundo enfrenta um ambiente difícil, especialmente os mais pobres, após eventos impensáveis e que geraram consequências significativas, como a pandemia e a guerra na Ucrânia. A inflação é persistente e tem exigido um aperto das condições financeiras mais rápido do que o originalmente previsto. O primeiro desafio é controlar a inflação. A inflação é um imposto dramático, especialmente sobre os pobres, mas é um caminho difícil porque se não for controlada, pode gerar mais problemas. Por sua vez, os impactos de um aperto monetário além da conta também preocupam. Com mais aperto, os temores de recessão se materializarão em grande escala. Além do controle da inflação, um dos desafios é o apoio às pessoas, bem direcionado, para que não seja mais combustível ao salto dos preços.

É preciso unir forças para ajudar os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento que são particularmente atingidas pelo aperto das condições financeiras. Uma união de forças poderia reduzir a dor que o mundo tem pela frente em 2023. É um esforço da comunidade global. Uma das questões é como obter mais produção e mais crescimento. O Banco Mundial defendeu ainda um limite para dívidas tomadas por países. É muito difícil pensar em um ambiente de crescimento mundial onde um certo pequeno grupo de países tem quantidades ilimitadas de dívidas que podem ser emitidas mesmo durante uma crise ou fora. É urgente a necessidade de canalizar recursos para os países mais pobres, cuja dívida atual é impressionante. As estimativas apontam que essas economias teriam de desembolsar US$ 44 bilhões. É preciso ter um foco urgente em reduzir essas dívidas insustentáveis para que seja possível chegar a um ponto em que haja mais espaço fiscal para todas as outras coisas. Este é um dos temas importantes para as reuniões do FMI e do Banco Mundial. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.