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10/Out/2022

Dólar fecha estável e acumulando baixa na semana

Com muita instabilidade e troca de sinais, o dólar encerrou a sessão de sexta-feira (07/10) praticamente estável no mercado doméstico de câmbio, apesar da nova rodada de fortalecimento da moeda norte-americana frente a pares fortes e do avanço das taxas dos Treasuries. Dados do relatório de emprego (payroll) nos Estados Unidos em setembro mostraram um mercado de trabalho ainda apertado, reforçando a perspectiva de manutenção do ritmo de alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Operadores observam que o Real e seus pares emergentes, como o peso mexicano, resistiram muito bem à onda de liquidação de ativos de risco e ao derretimento das Bolsas em Nova York, o que pode ser atribuído à alta dos preços do petróleo e de commodities agrícolas, além de peculiaridades de cada país, como nível de taxa de juros.

No caso da moeda brasileira, ainda reverbera no mercado a visão de que, seja quem for o vencedor do segundo turno na corrida ao Palácio do Planalto, haverá pouco espaço para aventuras heterodoxas na área econômica, dada a nova configuração do Congresso e o arco de alianças políticas. Em reação inicial à divulgação do payroll, o dólar até chegou a ensaiar uma rodada mais forte de alta no Brasil, correndo até a máxima de R$ 5,25 (+0,80%). Mas, o movimento comprador perdeu fôlego, com relatos de entrada de fluxo estrangeiro, fechamento de exportação e operações de realização de lucros. Sem firmar tendência clara, o dólar acabou encerrando o pregão cotado a R$ 5,21, variação de 0,05%. Na semana passada, a moeda acumula perdas de 3,38%, sobretudo em razão da baixa de 4,09% na segunda-feira (3), quando houve uma forte redução de prêmios de risco embutidos na taxa de câmbio em resposta ao resultado do primeiro turno da eleição presidencial e da nova configuração do Congresso.

Segundo a Western Asset, depois do primeiro turno houve a percepção de que, com o novo Congresso, será mais difícil uma grande expansão fiscal na largada ou mudanças micro relevantes, o que ajudou o Real. Apesar de o ambiente externo apontar ainda para um dólar forte, com a perspectiva de juros mais altos nos Estados Unidos, o principal fator de risco para o Real é doméstico. O câmbio já está bem depreciado. O risco maior e que pode trazer uma mudança significativa de patamar do câmbio é alguma “barbeiragem” na área fiscal. No exterior, o índice DXY (que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta fortes, em especial o euro) operou em alta firme, aproximando-se novamente do patamar dos 113,000 pontos, com máxima aos 112,871 pontos. As taxas dos Treasuries subiram em bloco, com a T-note de 10 anos voltando a tocar 3,90% nas máximas do dia. Entre as commodities, as cotações do petróleo avançaram novamente, com o tipo Brent para novembro, referência para a Petrobras, em alta de 3,71%, a US$ 97,92 por barril. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.